O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse que o país irá fazer tudo que estiver ao alcance para "caçar" os responsáveis pelo assassinato de Alan Henning, após um vídeo que parece mostrar a decapitação do membro da ajuda britânica ser divulgado por militantes Estado Islâmico (EI) na sexta-feira. O vídeo foi apresentado dias depois de o Parlamento britânico autorizar uma ação militar contra o EI, seguida de participação da Força Aérea Real na luta liderada pelos EUA contra o grupo extremista.
Cameron, que recém havia retornado de uma viagem ao Afeganistão para encontrar o novo presidente do país, foi informado neste sábado sobre o vídeo por autoridades das agências de inteligência britânicas, segundo as Forças Armadas e o Escritório de Relações Exteriores. "O assassinato de Alan Henning é absolutamente repugnante", disse Cameron após a reunião em entrevista à British Broadcasting. A vítima era "um homem de grande paz, bondade e gentileza", disse o primeiro-ministro, falando da sua residência de campo oficial Chequers.
Henning deixou seu trabalho como motorista de táxi no Reino Unido para dirigir um comboio na Síria para fornecer ajuda, incluindo fraldas e fórmula infantil, a refugiados. Ele foi levado como refém em dezembro.
Referindo-se ao Estado Islâmico, Cameron afirmou: "Qualquer um que tenha qualquer dúvida sobre esta organização pode agora ver como ela é realmente repugnante e bárbara". O premiê disse que o Reino Unido, em colaboração com os aliados, vai continuar usando todos os recursos que tem para combater militantes no exterior e dentro do território britânico. "Faremos tudo o que pudermos para encontrar e caçar as pessoas responsáveis por isso", disse Cameron. Questionado sobre se o Reino Unido e aliados poderiam impedir que a mesma coisa acontecesse com outros reféns, Cameron disse: "O que vemos com esta organização é que não há um nível de perversidade a que não possa descer."
Outro vídeo divulgado pelo Estado Islâmico mostra pelo menos um outro refém britânico, que parece ser fotojornalista John Cantlie. O Ministério das Relações Exteriores não quis comentar o caso. Fonte: Dow Jones Newswires.
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