(Flávio Tavares/Arquivo Hoje em Dia)
A campanha de vacinação contra a gripe chega hoje ao fim com um alerta para as autoridades. Assim como durante toda ação, iniciada há quase dois meses, a imunização de crianças e gestantes em Minas Gerais continua abaixo do esperado. A preocupação é maior porque o inverno já começou e o risco da doença é maior nesta época do ano.
Em Belo Horizonte, as doses estão disponíveis gratuitamente nos centros de saúde. Porém, o horário de atendimento nas unidades será alterado nesta sexta-feira por conta do jogo do Brasil contra a Costa Rica, pela Copa do Mundo. O funcionamento será somente das 13h às 18h.
“Ainda está em tempo e é essencial vacinar. Quem procurar os postos ainda hoje terá a garantia de estar protegido a maior parte do inverno”, reforça Vandack Nobre, infectologista do Departamento de Clínica Médica da UFMG.
Em 2018, conforme o Ministério da Saúde, já foram registrados 109 casos de gripe no Estado. Trinta mineiros morreram em decorrência da enfermidade.
A campanha busca proteger 90% das pessoas que integram os grupos prioritários. Além das grávidas e menores de 5 anos, são alvo idosos, professores, profissionais da saúde, detentos e pessoas com alguma enfermidade crônica, dentre outros.
No geral, a cobertura na capital mineira já ultrapassa 90%, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). O grupo com a menor adesão é o formado por crianças menores de 5 anos, que alcançou 65% da meta. As gestantes ainda não chegaram ao desejável e mais de 30% delas ainda não recebeu a dose.
Já no Estado, docentes, puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto) e idosos ultrapassam o objetivo. Porém, entre as crianças (70%) e grávidas (75%) ainda é preciso melhorar os índices, conforme os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na última quarta-feira.
Outros públicos
Na capital, a partir da semana que vem, as vacinas restantes estarão disponíveis para puérperas, mulheres que não sabiam que estavam grávidas durante a campanha e para a segunda dose das crianças.
Nos demais municípios, segundo a SES, caso haja disponibilidade após o dia 25, a proteção será ofertada para a população de 5 a 9 anos e de 50 a 59.
o Estado, os municípios têm autonomia para decidir como vão conduzir a vacinação dessas pessoas.