Candidato em Ipatinga é acusado de falsificar recibo

Candidato à Prefeitura de Itabira para as eleições em outubro, o médico Damon Lázaro de Sena (PV) é acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP) de ter falsificado recibos da campanha de 2010. Apesar disso, ele conseguiu registrar o pedido de candidatura para concorrer ao pleito municipal.

Há dois anos, Damon se candidatou ao cargo de deputado estadual e, segundo a ação penal recebida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na 132ª Zona Eleitoral de Itabira, ele emitiu notas fiscais nos valores de R$ 1.500 e R$ 7 mil da F & S Pneus Ltda. com assinaturas adulteradas.

“Os espécimes de rubrica apostos como do doador nos referidos recibos não foram produzidos pelo representante legal da F&S Pneus Ltda”, afirma a promotora eleitoral Silvia Letícia Amaral. Para identificar a falha, o MP pediu a perícia das rubricas.
De acordo com Damon, a denúncia não é verdadeira. “Não quero conversar sobre isso, só que a justiça que vai julgar. Não sou citado nem como réu em processo”, alega.
 
“Nós não temos a capacidade de apurar tudo que acontece na campanha. Tem que verificar os fatos e, por ora, não tem nada definido”, acrescenta o candidato.
É a terceira vez que o filiado ao PV tenta disputar a vaga de prefeito na cidade, depois de ter sido derrotado nas disputas de 2004 e 2008.

Segundo a ação, a juíza da 132ª Zona Eleitoral de Itabira declarou que são falsos os recibos em questão, no incidente de falsidade documental. A conduta foi enquadrada no artigo 348 do Código Eleitoral, que determina a pena de reclusão de dois a seis anos para o agente que alterar documento público, além do pagamento de 15 a 30 dias-multa. A promotora eleitoral não quis dar entrevista para comentar a denúncia e, até o momento, ainda não foi instalado o inquérito.