A capital da Venezuela, Caracas, apresenta um clima de tensão nesta terça-feira à medida que movimentos contrários ao governo de Nicolás Maduro e grupos de apoio ao presidente convocaram manifestações nas ruas da capital. O líder oposicionista Leonardo López desafiou as autoridades a lhe prenderem quando aparecer em público.
Os protestos ocorrerão um dia depois de Maduro dar um prazo de 48 horas para três funcionários da embaixada dos EUA deixarem o país, sob a alegação de que apoiam planos da oposição para minar seu governo. Os EUA negaram a acusação.
Apoiadores de López, que é o adversário mais forte de Maduro e procurado pela polícia sob uma série de acusações, redirecionaram o protesto para longe da praça central de Caracas, onde petroleiros a favor do governo planejam sua própria manifestação.
Na última semana centenas de estudantes conduziram protestos pacíficos durante o dia, mas que terminaram em conflitos com a polícia pela noite. Os manifestantes contrários ao governo protestam contra a alta da violência e da inflação, além da falta de bens básicos.
Três pessoas morreram no protesto da última quarta-feira, sendo dois estudantes contrários ao governo e um apoiador do presidente Maduro. Imagens e fotografias mostraram que ao menos um dos estudantes morreu quando uma milícia a favor do governo abriu fogo diretamente contra o grupo que se manifestava contra Maduro.
Na noite desta segunda-feira, um grupo de ativistas contrários ao governo resgatou Dario Ramirez, um político da oposição que havia sido algemado por forças de segurança da Venezuela após uma busca na sede do partido Vontade Popular, de López. No domingo, López disse que não teme a prisão e convocou seus apoiadores a marcharam com ele nesta terça-feira até o Ministério do Interior, onde planeja entregar uma petição demandando proteção aos manifestantes. Fonte: Associated Press.
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