(Pedro Vilela/Agencia i7)
Mesmo com o cancelamento da programação oficial de Carnaval em várias capitais e destinos ligados à folia – como Salvador, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza –, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, espera fechar fevereiro com movimentação de 635 mil passageiros, número que representa aumento de 40% se comparado ao mesmo período do ano passado.
Pelas projeções da BH Airport, concessionária que administra Confins, cerca de 155 mil passageiros devem passar pelo local apenas entre 24 de fevereiro e 2 de março, ou seja, entre a quinta-feira e a quarta-feira de cinzas. Os dias de maior movimento devem ser 24 e 25 de fevereiro, quando a movimentação diária pode variar entre 27 e 28 mil pessoas, podendo atingir até 30 mil em um único dia.
“Somos o aeroporto com mais voos para as regiões Sudeste e Nordeste. Pelo aeroporto, o mineiro consegue fazer voo direto, inclusive, para Jericoacoara. Para completar, nas últimas semanas, as companhias realizaram diversas promoções de passagens aéreas, o que contribui para a movimentação de passageiros”, disse Clayton Begido, gestor de Conectividade e Aviação da BH Airport.
Também serão mantidos voos extras durante o Carnaval para destinos turísticos como Porto Seguro, Vitória, Ilhéus, Maceió e Salvador.
Para a concessionária, o aumento de passageiros faz parte de uma retomada das atividades pós-pandemia.
"Apesar da atenção à variante Ômicron, com boa parte da população brasileira vacinada, inclusive com a dose de reforço, percebemos que se trata de um movimento natural e gradual de retomada da confiança dos passageiros e também da economia”, diz Clayton.
A estimativa é que o mês demandará 5.700 operações de aeronaves no total, entre pousos e decolagens.
Pacotes em alta
A previsão traz esperanças para o setor de venda de pacotes turísticos e passagens aéreas, que aguarda o aumento no movimento.
Pollyanna Vieira, que é gerente de uma agência de viagens em Belo Horizonte, disse que em sua loja a venda de pacotes para o Carnaval está seguindo os volumes do período anterior à pandemia. “Apesar da pandemia, as pessoas querem viajar e compram os pacotes”, disse.
Já para Sayonara Barbosa, que trabalha com a venda de pacotes turísticos desde 2013, existe a esperança para que o movimento se recupere. Na loja dela, as vendas ainda não superaram as de 2021, mas disse que “é uma expectativa e a gente espera que se consolide”.