Carpinejar lança livro e conversa com o público hoje na Sala Juvenal Dias

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
25/07/2016 às 17:24.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:00
 (Jackson Romanelli/Divulgação)

(Jackson Romanelli/Divulgação)

Autor do recém-publicado “Felicidade Incurável” (Bertand Brasil, 272 páginas, R$ 29,90), Fabrício Carpinejar é o convidado desta terça-feira (26) do “Sempre um Papo”. Bom de prosa (com o perdão do trocadilho), o escritor e jornalista gaúcho parece ter muito a ensinar. Aos 43 anos de idade e com mais de 15 livros lançados, o diálogo dele é universal, já que gira em torno de aspectos como as relações humanas.

Em “Felicidade Incurável”, por exemplo, ele traz 115 crônicas. Muitas mostram como as pessoas vivem de forma contraditória. “Quem concorda com tudo não está mais casado”, aponta um dos capítulos da obra.

Para Carpinejar, as coisas são como são porque estamos num tempo de muito egoísmo e pouco engajamento. “O amor dá trabalho”, afirma ao Hoje em Dia. “É mais fácil se separar, afinal, ou a pessoa se encaixa na nossa vida ou não presta. Nunca a relação foi tão parecida com emprego. Hoje, não se termina a relação, se demite o outro”, critica.

Positivismo
Vale dizer, contudo, que Carpinejar não é um cético. Pelo contrário, cada frase ditada por ele é impregnada de esperança. “Até às 23h59, acredito que pode acontecer alguma coisa que vai tornar o meu dia melhor, porque felicidade começa com fé”.

Ao mesmo tempo que acredita que as coisas podem melhorar o cotidiano, o poeta diz, porém, que nada circunstancial pode resultar no estado de alegria. “A felicidade não é euforia. A euforia é provisória e a felicidade existe mesmo quando a gente está triste, porque trata-se do gosto de viver”, filosofa.

Em tempos de redes sociais, o escritor ressalta ainda que felicidade é experimentar a realidade. “Os maiores prazeres são secretos. Nos melhores momentos, não estava fazendo um Snap ou um post no Instagram”. No livro, inclusive, ele narra algumas histórias próprias que mostram como a simplicidade pode deixar a vida mais leve, como a vez que leu para o filho adolescente.

Sem sofrimento

Outro conselho para chegar a tal “felicidade incurável” é evitar o culto ao sofrimento, prática essa que Carpinejar é especialista. “Não sou escravo da minha dor. Deixo que o movimento e a memória suavizem o traço dela. Então, busco ser feliz com pouco e só sofrer diante de muito”.

Apesar dos vários ensinamentos presentes em sua obra, Carpinejar faz questão de ressaltar que não é um autor de autoajuda. “A minha mensagem é: somos absolutamente imperfeitos e é essa imperfeição que nos aproxima dos outros. A imperfeição é que introduz risos, pois você não tem que amar a partir das virtudes, mas a partir do momento que percebe defeitos parecidos com o outro”, resume.

Serviço:

“Sempre Um Papo”, com Fabrício Carpinejar – Nesta terça-feira (26), às 19h30, na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537). Entrada franca

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