Caso Cunha caminha para desfecho após 355 dias

Folhapress
10/09/2016 às 20:03.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:46
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

(Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Os pouco mais de 19 meses de ascensão e queda de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) abrigaram acontecimentos marcantes nos salões, gabinetes e plenários da Câmara.

 transformou em um dos protagonistas da cena política nacional.

 peemedebista -- ele admite ter acionado empresários para ajudar apenas os candidatos do PMDB.

Sua gestão pode ser dividida em capítulos, a maioria deles polêmicos e conturbados.

Desde o início o presidente da Câmara jogou por terra a promessa de não ser fonte de instabilidade política e partiu para o confronto com os adversários.

O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), o ministro da articulação política de Dilma, Pepe Vargas (PT-RS), e o ministro Cid Gomes (Educação) foram os primeiros a perder os cargos.

 inviabilizou no cargo.

 presença dos deputados.

 casos.



Coube a uma ação vinda de fora do Legislativo ou do Executivo impulsionar ainda mais a escalada de ineditismos da gestão de Cunha.

Incluído na lista de investigados por suspeita de participação no petrolão, o peemedebista foi à CPI que investigou o caso em março de 2015. Acabou ovacionado por quase todos os colegas.

Nessa sessão, Cunha declararia não ter "qualquer tipo de conta" no exterior, o que depois da revelação de dinheiro seu na Suíça virou a base de seu processo de cassação, iniciado por representação de PSOL e Rede em 13 de outubro de 2015.

Nos 355 dias que separam essa representação da sessão em que Cunha pode ser cassado, nesta segunda-feira (12), ele e aliados patrocinaram manobras para tentar enterrar o caso. Entre outras ações, o relator foi trocado e a primeira votação, anulada.

Uma fracassada tentativa de acordão com o governo Dilma o levou a deflagrar a tramitação do processo de impeachment da petista no início de dezembro de 2015.

Cunha trabalhou metodicamente na condução política e regimental desse processo, que culminou com a aprovação da autorização para a abertura do processo de destituição, em abril deste ano.

Mais uma vez de forma inédita, o STF decidiu dias depois, em 5 de maio, afastá-lo do cargo e do mandato sob o argumento de que ele usava suas funções para atrapalhar as investigações contra ele.

 político a não perder o mandato desde que as votações de cassação deixaram de ser secretas, em 2013.


 

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