(Itamar Crispim/Fiocruz)
Covid-19 avança cada vez mais em Minas por conta da circulação das variantes altamente contagiosas e do ritmo lento da vacinação, com apenas 3,4 milhões dos 21 milhões de habitantes protegidos. O aumento do número de casos no Estado também é refletido em Belo Horizonte, que confirmou, desde o início da pandemia, mais infectados pelo coronavírus do que a soma das notificações nas demais 33 cidades da região metropolitana.
O levantamento leva em consideração os dados de ontem disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Na capital, os números são referentes a segunda-feira, já que a administração só divulga as informações no fim do dia. Até então, BH havia contabilizado 179 mil testes positivos para o vírus, enquanto a soma de todos os outros municípios da região metropolitana chegava a 144 mil casos. Ou seja, BH tem 24,5% mais registros.
Logo atrás da metrópole vem a vizinha Contagem, com 31 mil doentes. Betim (24 mil), Nova Lima (14 mil) e Ribeirão das Neves (13 mil) completam as cinco primeiras. A cidade que menos registrou casos da enfermidade foi Taquaraçu de Minas, distante 59 km da capital, com 192 ocorrências. (veja a arte)
Apesar do número elevado de infectados pela Covid, Belo Horizonte segue em ritmo gradual de reabertura das atividades. Há duas semanas, a prefeitura autorizou o funcionamento do comércio não essencial, desde que os estabelecimentos sigam as medidas sanitárias. Na última segunda-feira, seguindo rígidos protocolos sanitários, os alunos com menos de 6 anos matriculados em escolas e creches da rede municipal voltaram às atividades presenciais depois de mais de um ano.
A promessa da gestão é flexibilizar ainda mais as atividades nas próximas semanas. No entanto, é necessária uma evolução dos indicadores que monitoram a pandemia na cidade.
Segundo dados da prefeitura, mais de 540 mil pessoas foram vacinadas com a primeira dose da vacina, sendo que 246 mil receberam o reforço.
Com a chegada de mais remessas com unidades da Astrazeneca e da Pfizer, pessoas com comorbidades e trabalhadores da saúde com mais de 18 anos também receberão a proteção – a vacinação dos profissionais começa hoje e vai até amanhã.
Sem estoques da CoronaVac, a aplicação da segunda dose em idosos de 64 a 67 anos segue suspensa até que o Ministério da Saúde disponibilize novo lote. Devido à escassez, BH definiu que, na próxima remessa, voltara a reservar imunizantes para não comprometer o ciclo vacinal.