Coibir a importunação sexual foi um dos principais desafios no Carnaval de Belo Horizonte em 2023, que reuniu mais de 5 milhões de foliões. Campanhas foram realizadas diariamente pelas forças de segurança e pelos bloquinhos durante os desfiles. As ações começaram a surtir efeito, com uma redução de 40% dos casos de assédio na festa deste ano, na comparação com o último evento realizado em 2020.
O dado foi apresentado nesta quinta-feira (23) pela Polícia Militar, durante coletiva. A corporação colocou grande parte do efetivo nas ruas e contou com agentes à paisana no meio dos desfiles. Drones foram utilizados para auxiliar na segurança dos foliões, além da cavalaria e um helicóptero. A Guarda Municipal de BH também realizou ações periódicas para combater os assédios contra mulheres.
Segundo o secretário de Justiça e Segurança Pública, Rogério Grecco, houve também uma diminuição de 75% dos roubo e 80% dos furtos. “Chegamos a uma integração muito importante, principalmente com as secretarias. Com todas as forças de segurança também. Agimos unidos no propósito de trazer um Carnaval mais seguro e foi uma fórmula de sucesso”, afirmou o secretário.
Para o tenente-coronel Flávio Godinho, chefe de operações da PM, a operação de segurança do Carnaval teve sucesso. “Tivemos várias estratégias que trouxeram esse êxito no carnaval do estado. Preparamos nossa tropa com treinamentos pontuais para colocá-los em eventos com grandes multidões. Todo nosso serviço funcionou 24 horas”, explicou.
Outros números apresentados dizem respeito às ações de trânsito. Cerca de 1,5 mil veículos foram apreendidos, com 1,1 mil pessoas conduzidas por embriaguez ao volante. A PM destaca que essas ações ajudaram a reduzir as tragédias nas estradas. O número de mortes caiu 47%. "Todos os indicadores que monitoramos tiveram reduções gradativas nos crimes. Isso se deve ao emprego das forças de segurança", disse o tenente-coronel.