Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão apresentando sinal de interrupção da tendência de crescimento no Brasil, embora alguns estados ainda demonstrem alta. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (11), no Rio de Janeiro (RJ), pelo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A publicação é da semana epidemiológica de 30 de janeiro a 5 de fevereiro, e tem como base os dados inseridos no SivepGripe até 31 de janeiro. Ele indica que, nas últimas quatro semanas epidemiológicas, os casos de Covid-19 representam a maioria das ocorrências de SRAG, com 87,4% de Sars-CoV-2 entre os casos positivos, enquanto foram 3,9% de influenza A, 0,1% de influenza B e 1,4% de vírus sincicial respiratório.
Em relação à evolução dos casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave, o boletim aponta um cenário nacional de interrupção do crescimento em todas as faixas etárias da população adulta. Entre 20 e 29 anos, que já havia iniciado processo de queda no início de janeiro, observa-se possível interrupção nessa tendência. Entre crianças e adolescentes (0 a 17 anos) verifica-se manutenção da tendência de queda iniciada na virada do ano.
Gripe
Segundo a Fiocruz, nos casos associados a outros vírus respiratórios nota-se um aumento significativo de ocorrências associadas ao influenza A (gripe) no fim de novembro e ao longo de dezembro, tendo inclusive superado os registros de Covid-19 em algumas semanas.
"Embora os dados associados às últimas semanas ainda sejam parciais, há indícios de que a epidemia de Influenza já tenha retornado a volumes basais, pós-epidêmicos, tendo atingido o pico de casos nas últimas semanas de dezembro, embora a situação de cada estado seja ligeiramente distinta para cada território".
Em relação à pandemia, os dados relativos ao final de dezembro e primeira semana de janeiro apontam para a retomada do cenário de predomínio da Covid e manutenção do crescimento até o momento em alguns estados, porém, já com sinal de interrupção no agregado nacional, indica o boletim.
Estados
A análise aponta, ainda, que 15 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a semana epidemiológica de 30 de janeiro e 5 de fevereiro: Acre, Alagoas, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.
Outros cinco estados têm sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas três semanas): Amapá, Maranhão, Pará, Pernambuco e Rondônia.
Na Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Sergipe e São Paulo observa-se sinal de queda na tendência de longo prazo, sendo que no Ceará e em São Paulo também há sinal de queda na tendência de curto prazo.
No Maranhão e em Pernambuco, a tendência de curto prazo aponta nível moderado de crescimento. As informações completas do boletim podem ser acessadas na página da Fiocruz.
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