Arqueiro chegaria com carreira consolidada, diferente de Raul, Dida e Fábio
Cássio é o último goleiro do futebol brasileiro a vencer um mundial de clubes (Reprodução / Instagram Cássio)
Próximo de ser anunciado pelo Cruzeiro, o goleiro Cássio chegaria ao clube sendo o último arqueiro a conquistar um mundial de clubes por um time nacional. Em 16 de dezembro de 2012, o goleiro fechou a meta e ajudou o Corinthians a vencer o Chelsea por 1 a 0 e ficar com a taça.
Além do mundial, Cássio faturou a Libertadores no mesmo ano e a Recopa em 2013. Diferente de Raul Plassmann, Dida e Fábio, arqueiros que fizeram história no clube, Cássio iniciaria a trajetória na Toca II aos 36 anos e com uma carreira consolidada.
Raul, o primeiro da lista, foi contratado pelo Cruzeiro ainda jovem, aos 21 anos, vindo do São Paulo, em 1965. Com ele na meta, a Raposa conquistou o primeiro título nacional, em 1966, no duelo que entrou para a história contra o Santos, de Pelé. Também foi com Raul que o time celeste faturou a primeira Libertadores, em 1976, sobre o River Plate, da Argentina.
Com os mesmos 21, Dida desembarcou em Belo Horizonte no início de 1994 após se destacar no Vitória, da Bahia, clube que o revelou. Dois anos depois, o arqueiro conquistou a Copa do Brasil com defesas épicas contra o Palmeiras, em pleno Parque Antártica, antigo estádio do time paulista.
Em 1997, novamente o “muralha azul” elevou o nome do Cruzeiro ao faturar o bicampeonato da Libertadores. No jogo final contra o Sporting Cristal, do Peru, Dida operou um milagre no Mineirão ao defender uma cobrança de falta de Nolberto Solano após a bola desviar na barreira. No rebote, o atacante Julinho, cara a cara com o goleiro, bateu à queima-roupa e o paredão celeste salvou com as pernas.
Nos anos 2000, o time celeste iniciou uma nova etapa de grandes arqueiros. Campeão da tríplice coroa, em 2003, Gomes chegou ao Cruzeiro para servir a base, com 20 anos, após tentar a carreira em clubes como CRB, de Alagoas, e Guarani, de São Paulo. Peça fundamental no time de Vanderlei Luxemburgo. Apelidado de “homem borracha”, Gomes deixou o clube em 2004 para defender o PSV Eindhoven.
Na sequência, o terceiro nome que entrou para a história na meta do Cruzeiro, Fábio chegou ao clube em 1999, aos 19 anos, emprestado junto ao União Bandeirante, do Paraná. O arqueiro ficou por um ano como reserva imediato de André. Neste período, conquitou a Copa do Brasil, em 2000, e depois seguiu para o Vasco, retornando ao time celeste em 2005.
De lá até 2022, quando deixou a Toca II, o camisa 1 foi titular absoluto da Raposa, tendo conquistado dois Brasileiros (2013 e 14), três Copas do Brasil (2000, 2017 e 2018) e sete mineiros (2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019), além do vice da Libertadores, em 2009.
Entre os jogadores que mais atuaram com a camisa do Cruzeiro, Raul Plassmann aparece na quinta colocação, com 557 jogos. Ele é o segundo maior goleiro, ficando atrás apenas de Fábio, com 976 jogos - atleta que mais representou o clube em campo. Dida aparece na 28ª posição, com 306 partidas, sendo o terceiro arqueiro na lista. Já Gomes, atuou por 110 jogos e está fora da lista dos 50 atletas que mais vestiram a camisa celeste.
Leia mais