(Rovena Rosa/Agência Brasil)
Lentamente, a Catedral Metropolitana de Campinas retoma a rotina de atividades após o atentado de terça-feira (11) - quando um atirador matou quatro pessoas dentro do templo e depois tirou a própria vida. A missa desta quarta-feira (12), em homenagem às vítimas, foi celebrada no mesmo horário do ataque.
“Sabemos que vocês, familiares, choram e nós choramos também”, disse o padre Rafael Capelato durante a cerimônia.
“Tristeza” e “tragédia” eram palavras ouvidas com frequência nos comentários dos fiéis que lotaram a igreja. A história da catedral, inaugurada em 1883, com piso e altares de madeira foi lembrada. “Fizemos esse gesto de reconsagração do templo que foi violado por um ato tão violento e trágico”, disse.
Depoimento
O analista de contas Altair Dias, 45 anos, estava hoje na missa em homenagem às vítimas. Ele disse que na terça-feira (11) chegou a se sentar ao lado do atirador, mas saiu da igreja antes do início do atentado. “Eu venho sempre de manhã ou à noite. Estou afastado [do trabalho] porque eu descobri que tenho um câncer”, disse.
Altair Dias afirmou que Euler Fernando Grandolpho, autor do ataque, estava “sereno” e não dava pistas de que agiria com violência minutos depois.
O analista disse que soube da tragédia depois, alertado pela filha e por amigos. “A minha filha e amigos sabem que eu venho esse horário e ficaram preocupados.”
Ataque
Imagens das câmeras de segurança da Central de Monitoramento de Campinas (CinCamp) mostram o momento em que o agressor se levanta de um dos bancos, nas últimas fileiras da igreja, vira-se em direção às pessoas e começa a atirar. Em seguida, dois agentes da Guarda Municipal entram na igreja e perseguem o atirador. As imagens não mostram o que ocorreu depois do ataque.