(Google Street View/Reprodução)
A causa da morte de um homem após ele ter tentado cometer um assalto contra um grupo de cinco religiosos, no início do mês, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi definida como 'indeterminada' por laudo de necropsia divulgado nesta quarta-feira (16) pela Polícia Civil.
De acordo com a 1ª Delegacia em Ribeirão das Neves, a causa do óbito recebeu esse parecer devido ao fato de que não havia sinais de violência no corpo periciado ou indícios claros do motivo do falecimento. No dia em questão, o suspeito teve um mal súbito e não resistiu. O comparsa dele foi indiciado pelo crime de roubo.
"Os peritos relataram ter encontrado substâncias voláteis [loló] e cocaína em exames toxicológicos. A 'contaminação' por essas substâncias, aliada à situação de estresse, pode ter corroborado com a causa morte do suspeito", declarou o delegado Alex Dalton, que coordenou as investigações.
Morte após oração
Conforme relatos apurados pela corporação, o pastor de uma igreja evangélica e outros quatro fiéis estavam acampados e em oração na parte alta de uma serra, em Ribeirão das Neves, quando dois homens chegaram e anunciaram o assalto.
Um dos suspeitos, que portava uma réplica de arma de fogo, exigiu que o grupo entregasse os celulares. Nesse momento, o pastor o repreendeu verbalmente e o homem desfaleceu. A morte do rapaz foi constatada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Em declarações prestadas à polícia, o outro suspeito confirmou as versões apresentadas pelas vítimas e pelas testemunhas. Ele contou ainda que, depois do suposto desmaio do comparsa, ele teria se apossado de um facão usado pelos fiéis para montar o acampamento, a fim de coagir as vítimas e conseguir furtar os celulares delas.
Apesar disso, ele alegou ter desmaiado no local após também ser repreendido pelo mesmo pastor. Quando recobrou a consciência, já não estava mais em posse dos celulares. No dia do crime, o homem fugiu do local, mas apresentou-se à polícia posteriormente.
Por fim, o suspeito informou que tomou conhecimento da localização do grupo religioso por meio de uma live transmitida por um canal de vídeos. O investigado já teria, inclusive, frequentado a igreja do grupo de religiosos.