(Editoria de Arte)
Doença comum durante o inverno, a caxumba vem se mostrando um problema em Minas Gerais desde o início deste ano. De janeiro a junho de 2017, na comparação aos primeiros seis meses do ano passado, o número de casos aumentou 80%. Até agora, houve 1.883 registros contra 1.043 de 2016.
Para o infectologista Carlos Starling, a explosão de casos é resultado de uma menor cobertura vacinal, principalmente porque os adultos não estão se revacinando.
Como entre 2001 e 2014, de acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG), a quantidade de doentes era pequena (menos de 1.000 casos/ano), os mineiros desenvolveram um excesso de confiança, aponta o especialista.
Starling acredita que a situação ainda tende a um agravamento neste tempo frio, que está apenas começando. “As pessoas ficam mais próximas umas das outras e os lugares tendem a ficar fechados. E, como o contágio é por vias aéreas, essas condições são determinantes para um aumento dos casos”, afirma.
Capital
Belo Horizonte, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), contabilizou 330 casos de caxumba no primeiro semestre deste ano. Nos 12 meses de 2016, foram 587 notificações, enquanto em 2015 foram 269.
A SMSA esclarece que disponibiliza nos centros de saúde, durante todo o ano, a vacina triviral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba). Essa dose está disponível no SUS desde 1996 e pode ser aplicada em pessoas de até 49 anos.
Além de bebês e crianças, ela é recomendada para as mulheres que desejam engravidar. Há ainda a oferta na rede pública da tetraviral (que inclui a catapora) para menores de 4 anos.
No calendário de vacinação a vacina tríplice viral é administrada em bebês aos 12 meses e a tetraviral aos 15 meses.
Cuidados
A SES-MG esclarece que a caxumba é uma doença infecciosa, causada por vírus que provoca inflamação nas glândulas parótidas, submaxilares e sublinguais. Também é conhecida como papeira, pelo fato de provocar inchaço e dor nas laterais do pescoço.
Além da vacinação, outras formas de prevenção da caxumba e também de demais doenças de transmissão respiratória são lavar as mãos com água e sabão frequentemente, utilizar o antebraço ou o lenço de papel quando for tossir ou espirrar (evitando assim cobrir a boca com as mãos), evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies, não compartilhar objetos de uso pessoal e manter os ambientes bem ventilados.