Além do torcedor, Confederação Brasileira de Desportos Aquático (CBDA) também sai frustrada dos Jogos do Rio porque a natação não conseguiu uma medalha sequer. O resultado é o pior em 12 anos - em Atenas, em 2004, o Brasil também não subiu ao pódio na Olimpíada.
"A sensação de não ter ganho uma medalha, que é o que faltou, é a mesma de todo mundo: do atleta, do público. Eu queria muito para homenagear esse público. Queria muito que isso acontecesse. Tínhamos projetado algumas metas, e até na última reunião eu falei exatamente desses números, eu agora saio chateado. Numa visão geral, eu gostaria de ter tido uma medalha que não apareceu", afirmou Ricardo de Moura, superintendente executivo da CBDA.
O dirigente acha que a natação brasileira vive um período de transição e no Rio isso ficou mais nítido. "A natação, um dos maiores esportes do nosso País, sempre teve ídolos populares. Esses ídolos ajudaram muito. Temos de criar isso. Eles surgem naturalmente, mas também temos de criar. Não sei o que vai acontecer ainda, mas a entressafra é muito difícil. Hoje eu tenho a mesma sensação de 2004: Gustavo Borges estava abandonando, na última Olimpíada, mas estava surgindo o Thiago Pereira."
Apesar da frustração, ele tenta olhar para a competição também por um viés positivo e comemora o número de finais alcançadas pela delegação e a quantidade de provas disputadas. "Já tivemos uma diversidade muito maior em relação a Olimpíadas anteriores em termos de número de provas. Essa diversidade está acontecendo. Pode não ser na velocidade que a gente quer, mas está acontecendo", comentou o dirigente.
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