A Câmara de Dirigentes Lojistas enviou um ofício, nesta quinta-feira (19), para o prefeito Alexandre Kalil, solicitando que o reajuste nas tarifas do transporte público, em Belo Horizonte, seja revogado, até que a nova equipe de governo possa auditar e avaliar os contratos e planilhas do sistema de transporte coletivo.
De acordo com um levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o último reajuste na tarifa dos ônibus municipais elevou os custos dos empresários com o transporte de funcionários em 15%. Com o reajuste, o aumento do gasto mensal das empresas dos setores de comércio e serviços da capital teria chegado a R$ 15.122.274,44. A passagem subiu de R$ 3,70 para R$ 4,05, alta de 9,46%,
Segundo a CDL/BH, o estudo levou em consideração o total de empresas dos setores do comércio e serviço na capital e o porte do negócio, calculado a partir da média de funcionários por empresa, para estimar as despesas com o transporte dos trabalhadores. As micros e pequenas empresas são as mais penalizadas pelo reajuste. “Juntas, suas despesas aumentaram R$ 11.609.146,64”, afirmou o vice-presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Marcelo Silva destaca que o aumento é extremamente prejudicial às empresas e, além disso, vem em um momento difícil para o setor produtivo. “O reajuste afeta diretamente a saúde financeira das empresas instaladas nesta capital, visto que elas arcam com cerca de 70% do custo com transporte dos trabalhadores e os setores de comércio e serviços da capital já vêm registrando sucessivas baixas nas vendas”, afirmou.
Procurada, a Prefeitura de Belo Horizonte ainda não se manifestou a respeito do pedido da CDL/BH.