(FLÁVIO TAVARES)
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte está orientando os associados a oferecer meios de transporte alternativos aos empregados, a fim de garantir o funcionamento do comércio durante a greve dos rodoviários, na capital. E defendeu, nesta segunda-feira (22) que os rodoviários mantenham o funcionamento mínimo de 60% da frota, determinado pela Justiça do Trabalho.
“O que vimos, até o momento, são ruas e lojas vazias e as vendas sendo drasticamente comprometidas. O impacto dessa interrupção do direito de ir e vir das pessoas vai refletir negativamente em nossa economia, considerando que a maior parte dela é movida pelo setor de comércio”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
O empresário defendeu que empresas de ônibus, sindicatos, trabalhadores e poder público entrem em um consenso o mais urgentemente possível. “Estamos iniciando um processo de retomada, por isso, cada dia de vendas e de funcionamento do comércio é importante. Estamos às vésperas da Black Friday, uma das mais importantes datas, por isso, é urgente que haja uma conciliação”.
Marcelo de Souza e Silva disse ainda que a entidade reconhece que a greve é legítima, prevista por lei e que a entidade não é “contra os motoristas reivindicarem melhorias salariais”. Mas que está buscando junto às partes interessadas a preservação do percentual legal mínimo de atendimento à população. “Dessa forma, os trabalhadores do comércio e consumidores não ficarão privados do legítimo direito de comparecer aos seus postos de trabalho, bem como de efetuar suas compras, ir à escola, consultas médicas, e tantos outros compromissos diários”, afirma Souza e Silva
Segundo a CDL, “as últimas estatísticas revelaram que quase 800 mil pessoas utilizam o transporte coletivo da cidade, sendo que a maioria viaja em direção à região central, onde estão concentrados os principais corredores comerciais da cidade”.
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