(Foto: Bruno Fortuna/Fotos Públicas)
Quem está com viagem agendada para os Estados Unidos (EUA) e pretende ampliar a lista de facilidades oferecidas pelo smartphone pode incluir, a compra de um novo aparelho. De preferência, aquele lançamento que chega ao Brasil com preço “salgado”. O motivo? A variação dos preços praticados no país pode ser até 51% maior.
Essa é a conclusão de um estudo realizado pela plataforma on-line de descontos Cuponation, do grupo alemão Global Savings Group, que comparou valores de aparelhos de seis marcas mundiais, em grandes grupos de e-commerce do Brasil com os praticados por sites de compras mais populares dos EUA.
Entre os modelos mais desejados pelos brasileiros, o iPhone X com 256 GB de memória sai por R$ 6.453 nas lojas online nacionais. Nos EUA, o valor cai para R$4.515 se a conta for paga com cartão de crédito. Em dinheiro, chega a R$ 4.261.
Já o iPhone 7 Plus de 128 GB é o único pesquisado que é mais competitivo no Brasil. O preço médio praticado pelo e-commerce nacional é de R$ 3.364. Nos sites norte-americanos, fica por R$ 3.462, quando pago com cartão de crédito.
Para os turistas, há diferença de encargos. Se o smartphone for pago com cartão de crédito, a alíquota será de 6,38% sobre o valor do produto, referente ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em moeda corrente, o percentual cai para 0,38%.
Apesar do limite de US$ 500 para compras nos EUA, o turista pode voltar para o Brasil com o seu celular, desde que tenha sido usado lá e seja para uso pessoal.
A co-fundadora e diretora geral do Cuponation Brasil, Maria Fernanda Antunes Junqueira explicou que a pesquisa de preços continua sendo a maior aliada do consumidor. “Dependendo do caso, fica mais barato comprar no Brasil, já que os valores não são competitivos para todos os modelos”, argumentou. Um dos motivos é a carga tributária brasileira.
Ela informou ainda que, apesar das vantagens financeiras, a garantia não é estendida para outro país. “Os smartphones vendidos no país têm um selo da Anatel”, disse.
Segundo Maria Fernanda Junqueira, o uso de cupons de desconto pode resultar em uma economia considerável que pode fazer a diferença no preço final do produto.
Direto na fonte
O arquiteto Marcelo Matos Correia Pereira Cançado, 32 anos, estava em viagem para os Estados Unidos, no final de 2016, e decidiu adquirir um smartphone novo e mais moderno.
Na compra, realizada em loja de rua, ele economizou cerca de R$ 2 mil, o que correspondia, na época, a 45% do valor do produto, no Brasil. “No final, o aparelho é o mesmo, o que muda é o preço”, disse.
A funcionária pública Luíza Maciel Boaventura, 44 anos, também aproveitou os dólares da penúltima viagem internacional para se presentear com um smartphone novo, em recente passeio a Nova York. “O preço do Free Shop não compensava e eu comprei à vista, em uma loja de rua. Economizei R$ 700”, comentou.
Ritual
Uma coisa é certa. A compra do novo aparelho celular tem um ritual próprio. Afinal, o custo benefício do negócio tem que compensar. A administradora Jacqueline Carvalho, 39 anos, fez a sua compra do J7 Prime da Samsung pela internet, em um site nacional.
Depois de uma apurada pesquisa, ela conseguiu o melhor preço na página da marca escolhida. “Foi o valor mais baixo que encontrei e o desconto oferecido pelo site foi interessante”, afirmou.
<CW20>Mais que aparelho eletrônico, o smartphone se converteu em objeto de desejo para milhares de consumidores brasileiros. A média de mais de uma linha habilitada por pessoa é um indicativo de que esse equipamento realmente conquistou espaço na vida e no bolso da população de todas as classes sociais.
De acordo com o professor da pós-graduação de Marketing do IBMEC, Bruno Portela, não são raros os casos de pessoas que, a cada ano, trocam seus celulares por um lançamento que tenha mais espaço na memória, uma câmera diferenciada e a tela maior, para poder assistir a um filme ou série do momento.
"Com o tempo, a relação das pessoas com os celulares ficou muito parecida com a que os amantes dos veículos têm pelos seus carros. No caso dos eletrônicos, há pessoas que não investem em computadores domésticos mas que se dispõem a pagar caro por um smartphone, para ter serviços na palma da mão e em qualquer lugar”, afirmou.
Sedução
Há 25 anos, quando os primeiros celulares apareceram, o desafio era ter um telefone à mão. “Era um produto elitizado e o serviço, caro”, pontuou o professor.
Com a evolução tecnológica e o investimento em design, o aparelho passou a compor o visual dos usuários. “A obsolescência é programada, ou seja, as pessoas têm a impressão de que o aparelho já está ultrapassado porque foi usado por um ano. Como os consumidores não querem “ficar para trás” nas novidades anunciadas a cada lançamento, fazem a troca por um modelo mais novo, que ofereça ganhos em acesso e tempo.
Para ter acesso à íntegra da pesquisa clique aqui