Cemig admite cortar pessoal para se adequar à receita menor

Tatiana Moraes - Do Hoje em Dia
20/11/2012 às 13:09.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:26
 (Renato Cobucci)

(Renato Cobucci)

Cortar pessoal pode ser a saída para que a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) enfrente os reflexos da Medida Provisória (MP) 579, que reduz o valor da eletricidade das usinas que tiverem a concessão renovada antecipadamente. “Antes da MP, estávamos nos adequando, trabalhando para reduzir custos operacionais.

Com a MP, tivemos que ir além. Redução de pessoal é um item importante. Temos que nos adequar à nova realidade”, disse o presidente da empresa, Djalma Morais, durante teleconferência realizada na tarde de ontem para apresentar os resultados financeiros.

A afirmação do presidente foi amenizada pelo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores da concessionária, Luiz Fernando Rolla, durante coletiva de imprensa. Conforme o diretor, a Cemig irá “adequar” o quadro operacional. Uma demissão em massa foi descartada por Rolla. “Acabamos de fazer um concurso, não faz sentido”, comentou.

Revisão

Rever os aportes para 2013 foi outro reflexo da MP 579. Até março do ano que vem, a empresa previa investir R$ 85 milhões em geração, R$ 138 milhões em transmissão e R$ 2 bilhões em distribuição. “Estamos refazendo as contas”, afirmou Rolla. Em abril, a Cemig atravessará o terceiro ciclo de revisão tarifária, motivo pelo qual os valores foram estimados para até março.

Apesar disso, a concessionária vai intensificar a busca por novos ativos. Conforme Rolla, a companhia será mais agressiva na prospecção de empresas com baixo custo operacional e bons resultados. Um dos objetivos seria aumentar a capacidade instalada da Cemig.

A data limite para assinatura do contrato de renovação das concessões que vencem até 2017 está agendada para 4 de dezembro. A companhia manifestou interesse em renovar 18 das 21 concessões de usinas prestes a vencer.

Rolla reiterou que a Cemig teria direito a renovar as concessões de Jaguara, Miranda e São Simão. O governo federal discorda.

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