Centenário na Série B? Pandemia faz Cruzeiro correr este risco; entenda a situação

Alexandre Simões
@oalexsimoes
09/04/2020 às 09:27.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:14
 (Maurício Vieira)

(Maurício Vieira)

Desde 8 de dezembro do ano passado, a possibilidade que mais assusta aos cruzeirenses é o clube passar o seu centenário, que será comemorado no ano que vem, disputando uma divisão inferior do Campeonato Brasileiro: Série B ou C. Para evitar isso, o time tem de garantir o acesso nesta temporada. Mas a pandemia do novo coronavírus, que atingiu em cheio ao futebol, pode fazer com que a Raposa passe o 2 de janeiro, dia em que completa 100 anos, na Segunda Divisão nacional.

Na última terça-feira (7), uma videoconferência entre os clubes das Séries A e B com dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), teve como pontos principais exatamente o calendário 2020 e um discurso do presidente da entidade, Rogério Cabloco.Maurício VieiraDesde 8 de dezembro do ano passado, quando foi rebaixado à Série B, uma preocupação cruzeirense é evitar passar o ano do centenário disputando uma divisão inferior do Campeonato Brasileiro

As palavras do dirigente aos gestores dos clubes foram conseguidas pelo jornalista Venê Casagrande, do jornal O Dia, do Rio de Janeiro. E Cabloco deixou a certeza de conclusão do calendário 2020, mas não sabe quando por causa do momento de incertezas.

“Queremos fechar o calendário de 2020 e garantir que todos os contratos sejam cumpridos. Não demos um prazo porque não somos autoridades sanitárias. Então, é o primeiro dia possível diante das regras normativas das determinações do Ministério da Saúde. No primeiro dia possível, voltaremos com responsabilidade as atividades. O objetivo é: concluir todas as competições previstas em 2020. Se possível, durante esse ano, caso contrário alargaremos um pouco, mas o importante é a conclusão”, afirmou o presidente da CBF, deixando claro que as competições podem invadir 2021.

Clubes

E essa invasão de 2021 pode acontecer porque os clubes não querem abrir mão das competições em disputa ou da que começará, no caso o Campeonato Brasileiro. O presidente do Corinthians, Andrés Sanches, lembrou ao mandatário maior da CBF o fato de o Brasileirão, na Série A, mas também na B, ter 38 rodadas. E que os clubes não podem abrir mão disso, pois precisam cumprir contratos para receber o dinheiro de patrocínios e, principalmente, da televisão.

Sobre este questionamento, Caboclo respondeu: "Seria muito simples dizermos isso. Mas infelizmente não sabemos se nós voltaremos em junho, em julho, em agosto ou em setembro. Então, antecipar que garantimos 38 rodadas, neste momento não é possível. É o desejável. Vamos dizer que é tudo que nós queremos.

Faremos o impossível e o impossível. Mas não podemos declarar que nós vamos fazer. Não temos prazo para dizer e decretar alguma coisa que a gente não consegue cumprir. Eu tenho falado para algumas pessoas. Lamentavelmente, o vírus não tem o meu celular para combinar uma data para parar com tudo isso. Vamos fazer o possível e o impossível para cumprir todo o calendário”.

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