Centenas de integrantes das centrais sindicais protestam no Centro de BH

Aline Louise - Hoje em Dia
15/04/2015 às 16:36.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:39
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

O Dia Nacional de Paralisação leva centenas de trabalhadores de várias categorias para as ruas de Belo Horizonte nesta quarta (15). Números da Polícia Militar apontam que 200 pessoas estão na Praça Sete nesse momento. Já organizadores do manifesto calculam 2 mil participantes. O ato foi convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e organizado pelos movimentos sociais. Para quem pensa em sair de casa, é bom evitar o centro da capital na tarde desta quarta. A expectativa dos organizadores é concentrar o maior número de pessoas na Praça Sete.

Diversas centrais sindicais fazem agora concentração, na Praça Afonso Arinos, no Centro de Belo Horizonte, para uma manifestação contra o projeto que amplia as terceirizações para todas as áreas de uma empresa, o PL 4330/04, em tramitação na Câmara dos Deputados. Os manifestantes sairão em caminhada pela avenida Afonso Pena, por volta das 17h, segundo os organizadores.

“Essas paralizações de hoje foram apenas um estágio, a proposta é chamar as centrais sindicais para organizarmos uma paralização geral no Brasil”, disse o membro da executiva estadual e nacional da Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas, Gilberto Gomes. Segundo ele, a manifestação já está sendo negociada, mas ainda não há data para acontecer. Além do CSP Conlutas, o movimento de ontem reuniu representantes do Movimento dos Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical dos Trabalhadores, Força Sindical de Minas, Brigadas Populares, entre outros.

Na manhã desta quarta-feira, houve também paralização das atividades de funcionários da Magnesita, em Contagem, com manifestação na avenida Cardeal Eugênio Pacelli. Na Refinaria Gabriel Passos (Regap), da Petrobras, localizada em Betim, a paralização se estendeu por todo o dia. Servidores da educação estadual também foram convocados a cruzar os braços em protesto contra a terceirização, nesta quarta-feira.

Esses setores defendem o arquivamento da matéria, que já teve o texto base aprovado na semana passada, e agora segue com a apreciação dos destaques pelos deputados. “O Congresso está comprometido com o poder econômico, qualquer mudança vai prejudicar o trabalhador. Queremos o arquivamento ou o veto da presidente Dilma”, reforçou Gilberto. Setores empresariais defendem que a nova lei garante mais segurança jurídica, além de proteger os direitos dos cerca de 14 mil trabalhadores tercerizados no Brasil. 

As mobilizações começaram por volta das 4h30. Metalúrgicos e metalúrgicas se concentraram diante do Sindicato dos Metalúrgicos de BH, Contagem e Região, no bairro Jardim Industrial. Eles se uniram a bancários, petroleiros, educadores, trabalhadores em telecomunicações, eletricitários, refrataristas entre outros, em protesto em frente à Magnesita, na Cidade Industrial. Durante o ato, todas as pistas da avenida Cardeal Eugênio Pacelli e da Rodovia Fernão Dias foram fechadas por quase uma hora. A CUT/MG e sindicatos CUTistas e de outras centrais distribuíram panfletos sobre os prejuízos da terceirização para trabalhadores e sociedade e com todos os deputados federais mineiros que votaram a favor do PL 4.330. De lá, todos seguiram pela BR-381 até a Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim. Os manifestantes se juntaram aos petroleiros que paralisaram as atividades por 24 horas e realizaram outro ato na portaria principal da unidade da Petrobras.

   

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