Conheça doenças associadas à asma e o que pode desencadear crises; controlar rinite e sinusite é fundamental para não agravar o quadro
Viroses respiratórias - como gripe e resfriados comuns -, mudanças climáticas, contato com fungo e ácaros, além de poluição, costumam levar o paciente a crises respiratórias. (KRAKENIMAGES/ FREEPIK)
Uma das condições respiratórias mais comuns no mundo, a asma atinge cerca de 20 milhões de brasileiros, de acordo com o DataSus, banco de dados coordenado pelo Ministério da Saúde. Dificuldade de respirar, falta de ar, tosse, chiado nos pulmões e dor no peito são os principais sintomas da doença que provoca, em média, 350 mil internações por ano, aponta a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Não tem cura, mas pode ser controlada para garantir qualidade de vida aos pacientes.
Manter rinite e sinusite sob controle é fundamental para não agravar o quadro, alerta a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia nesta sexta-feira (21), Dia Nacional de Controle da Asma. Adotar medidas preventivas, como lavagem nasal, manter ambiente higienizado em casa, não fumar e evitar fumaça de cigarro, por exemplo, são algumas orientações a ser seguidas. Outro fator importante é adotar corretamente o tratamento prescrito por especialistas, diz o coordenador do departamento de Alergia da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), Olavo Mion.
“O nariz é porta de entrada para o trato respiratório. Diversos quadros de alergias respiratórias que se iniciam pelas vias aéreas superiores, formadas pelo nariz, faringe e laringe, têm a capacidade de impactar também as vias inferiores, ou seja, o nosso pulmão. E o contrário também pode ocorrer. Isso acontece devido ao fenômeno que chamamos de vias aéreas unidas, comprovando que há uma relação sistêmica entre o nariz e o pulmão”, explica Mion.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há 339 milhões de pessoas com diagnóstico de asma no mundo. Viroses respiratórias - como gripe e resfriados comuns -, mudanças climáticas, contato com fungo e ácaros, além de poluição, costumam levar o paciente a crises respiratórias. Em muitos casos, com sintomas graves, que podem desencadear internações. Rinite alérgica, problema presente em 60% a 78% dos pacientes asmáticos, é outro agravante, bem como a sinusite, que inflama os seios da face, gerando muito desconforto. Tanto a rinite como a rinossinusite são frequentemente associadas à asma.
“Quem não tem o diagnóstico de asma, mas sofre com espirros frequentes, olhos vermelhos, coriza, coceira no nariz e congestão nasal, sintomas comuns da rinite, por exemplo, deve procurar tratamento com otorrinolaringologista para evitar as chances de uma piora da asma. Para os asmáticos, o ideal é evitar o contato com os agentes que desencadeiam essa alergia. Isso reduzirá as chances de ter uma crise, esclarece o médico.
Quando o quadro de asma é agravado, as vias aéreas ficam mais estreitas e o fluxo de ar é reduzido. As crises também podem ser provocadas por diversos gatilhos ambientais, como mofo, poeira, pólen, ácaros, e outros fatores como questões genéticas, obesidade, esforço físico, exposição ao ar frio. Por isso, cuidados como manter a casa limpa, evitar o contato com pó, poluição e pelos de animais, não fumar, manter hábitos saudáveis de alimentação, hidratação e atividade física, além de fazer lavagem nasal e estar vacinado contra a gripe são medidas que auxiliam na imunidade e no controle da enfermidade.
“Essa semana iniciamos o inverno, estação em que aumentam os casos de asma e outras doenças que afetam a capacidade de respirar bem. Por isso, adotar essas medidas preventivas, é ainda mais importante nessa época de ar seco e frio”, reforçou Mion.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta o tratamento contra a asma. Para isso, a orientação é que o paciente procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Quando a crise está muito intensa e não é feito o tratamento correto, a doença pode levar à morte.
A asma pode desencadear uma série de processos que podem resultar em complicações, algumas delas graves. As principais complicações são:
Fonte: Ministério da Saúde
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