“Cada cidade que visitei tinha sua cerveja. Então, resolvi criar a minha”, diz, orgulhoso, Paulo Fürst, que fundou uma fábrica da bebida artesanal em Formiga, na região Centro-Oeste do estado. Após cinco anos no mercado, com uma produção de 9 mil litros por mês, o criador da marca que leva o sobrenome dele resolveu ampliar a produção, além de abrir um espaço próprio para degustação da bebida.
Recém-inaugurado em BH, o Fürst Tap Room recebeu investimentos de R$ 150 mil e inova com um cardápio voltado para os apreciadores de cerveja e chopp artesanal. “Cerca de 80% do nosso mercado de venda da cerveja está na capital. Os degustadores nos pediam por um espaço como esse e resolvemos abrir um pub, que também tem um ar tradicional, em BH. A intenção é oferecer nossos produtos com um menu montado exclusivamente para cada rótulo”, detalha Paulo Furst.
Delícias como pirulito de bacon e o pastel de torresmo com geléia de tangerina picante estão no cardápio assinado pelos chefs Zito Cavalcante e Rodrigo Baeta, que apostaram em ingredientes e receitas mineiras servidas de diferentes formas. “Pensamos em trazer os insumos de várias partes de Minas. O queijo no picolé de bacon é de Formiga”, descreve o empresário, de olho no público cervejeiro em Belo Horizonte. Em média, um rótulo artesanal chega a custar até três vezes mais que uma cerveja considerada “convencional”.
O pub, em estilo inglês, conta com telões para transmissão de eventos esportivos, em um espaço mais rústico. Outros rótulos “convidados” também são servidos – uma média de dois novos a cada mês – que podem ser de outras cervejarias do Brasil ou até mesmo da capital mineira. Da Fürst, são oferecidos seis rótulos tradicionais e dois artesanais.
Expansão
Além do pub em Belo Horizonte, Paulo explica que a fábrica da Fürst passa por uma ampliação. As obras irão garantir que a produção de cerveja pule dos atual 9 mil litros por mês para 20 mil. Foram investidos cerca de R$ 400 mil nessa ampliação.
A intenção é levar o produto a outros mercados, como São Paulo e o interior de Minas. “Diamantina, BH e, claro, Formiga, são as cidades que mais recebem nosso produto atualmente. Precisávamos ampliar a produção para buscar novos mercados. Na capital, muitos de nossos clientes já cobravam por um ponto de vendas em que fosse possível degustar todos os tipos de cerveja. O pub nos ajuda nessa exposição”, explica Paulo.
Considerada a “Bélgica” brasileira, Minas Gerais concentra grande parte da produção de cerveja artesanal do país. Em 2016, houve crescimento de 20% em todo estado no setor frente ao ano anterior, conforme dados do Sindicato das Indústrias da Cerveja e Bebidas em Geral (SindBebidas-MG). Essa expansão vem mantendo-se ao longo dos últimos cinco anos.