Cessar-fogo no sudeste da Síria tem início com apoio de EUA, Rússia e Jordânia

Estadão Conteúdo
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09/07/2017 às 11:09.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:27

O cessar-fogo no sudeste da Síria negociado por Estados Unidos, Rússia e Jordânia entrou em vigor neste domingo ao meio-dia (horário local).

A trégua abrange as províncias de Deraa, Suweida e Quneitra, onde o governo sírio e rebeldes também combatem militantes do Estado Islâmico, que não foi incluído na trégua. Em seis anos de guerra na Síria, nenhum cessar-fogo durou muito tempo.

O acordo foi anunciado na quinta-feira após encontro entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o russo, Vladimir Putin, e é a primeira iniciativa da administração Trump em colaboração com a Rússia para trazer estabilidade à Síria. O anúncio ocorreu após semanas de conversas em sigilo em Amman, capital da Jordânia, que trataram do acúmulo de forças apoiadas pelo Irã em apoio ao governo sírio, próximas às fronteiras com a Jordânia e Israel.

As três nações que negociaram o cessar fogo não especificaram quais mecanismos serão utilizados para monitorar ou garantir a trégua. Um ativista opositor que vive em Deraa, próxima da fronteira com a Jordânia, relatou que o cenário era de calma minutos após o início da trégua.

O governo sírio mantém as ações contra grupos terroristas. O Comitê de Liberação Levante, ligado à Al-Qaida, é uma das facções mais poderosas que luta ao lado de rebeldes em Deraa.

O primeiro ministro de Israel disse neste domingo que o país apoiaria um "cessar fogo genuíno" no sudeste da Síria, desde que a iniciativa não permita ao Irã e seus representantes desenvolver uma presença militar ao longo da fronteira.

Seis anos de conflitos e cercos em Deraa devastaram a cidade, uma das primeiras a sediar grandes protestos contra o presidente Bashar Assad em 2011. Deraa continua sendo disputada por forças rebeldes apoiadas pelos Estados Unidos e pelo exército sírio, que conta com o apoio da Rússia e do Irã. Grandes extensões da cidade foram reduzidas a escombros pela artilharia do governo e por ataques aéreos russos. Fonte: Associated Press. 

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