Cesta básica aumenta e consumidores sentem impacto

Jornal O Norte
02/06/2009 às 10:05.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:00

Janaína Gonçalves


Repórter

A pesquisa de variação de preços realizada pelo Setor de  PC- Índice de Preços ao Consumidor - IPC - do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Montes Claros, registrou para as famílias com rendimentos entre um e seis salários mínimos, índice de 0,61 pontos percentuais. Com esse resultado o acumulado no ano é da ordem de 3,02 %.

Segundo a coordenadora de análise do setor, a economista Vânia Silva Vilas Boas Vieira Lopes, o IPC é elaborado para medir a evolução dos preços de um conjunto de produtos, bens ou serviços no varejo montesclarense, ou seja, da forma como eles chegaram até o consumidor final. - A metodologia de cálculo é a comparação dos preços médios do mês atual com os preços médios do mês imediatamente anterior. Os preços são pesquisados por uma equipe de quatro coletadores que visitam atualmente 280 estabelecimentos comerciais, distribuídos nos bairros da cidade, com início da coleta de preços todo primeiro dia útil do mês - explica.

BALANÇO MENSAL

No mês de maio houve um aumento considerável da cesta básica de  2,62, pontos percentuais em relação a Abril de 2009. Para realizar a pesquisa da Cesta Básica, o IPC, baseia-se na composição dos principais grupos alimentícios definidos pelo Decreto-lei 399, de 30 de abril de 1938, única legislação referente ao assunto em vigor no país, que define os produtos e as quantidades ideais que um trabalhador adulto deve consumir, durante o mês, para se produzir como força de trabalho.

Para o pai de família, Alberto Silva Santos, que tem que sustentar cinco filhos, apesar do aumento, o trabalhador local sente a diferença quando vai fazer as compras. - Para quem recebe um salário mínimo de R$ 465, 00, utilizou, em maio de 2009, 42,37% de seu salário para a compra dos treze produtos que compõem a cesta básica em suas respectivas quantidades. Essa cesta custou ao trabalhador R$ 197,02, ou seja,  um aumento de R$5,00 em relação ao mês de abril, onde a cesta saia a  R$ 191,99.

Após a aquisição da Cesta Básica restaram ao trabalhador R$ 267,98,  para as demais despesas, como moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, lazer, vestuário e transportes. De acordo com a aposentada, Maria Gonçalves, a idéia para que o valor total da cesta básica não afete diretamente no orçamento mensal é optar por produtos alternativos. - Pesquisar preços, colocar tudo no papel pode fazer uma diferença no final das compras, e não deixar de ter uma alimentação saudável, por conta das oscilações dos custos dos produtos no mercado, ressalta.

VARIAÇÃO ALIMENTÍCIA

De acordo com Vânia Vilas Boas, dentre os treze produtos que compõem a cesta básica, as variações positivas ocorreram nos preços  da batata, 28,51%; da banana caturra, 8,0%; da margarina, 4,46%; do arroz, 3,83%;  do pão de sal, 1,49% e do café, 0,87%.

As variações negativas ocorreram nos preços nos produtos, bem como o tomate, -3,03%; açúcar, -2,03%; farinha de mandioca, -2,01%; feijão, -1,99% e, carne bovina, -0,50%. - Vale ressaltar que o leite tipo C e o óleo de soja mantiveram seus preços estáveis no mês de maio de 2009.

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