Chama o Síndico politiza o desfile e arrasta multidão; confira vídeo e galeria de fotos

Tatiana Moraes
03/03/2019 às 12:01.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:48
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Centenas de pessoas acompanham o bloco Chama o Síndico, que desfila na avenida Abraão Caram, na Pampulha, neste domingo de Carnaval (3). Em 2019, o bloco, fundado em 2012, tem como tema "Seremos resistência".


 

"Acompanho o bloco há cinco anos e adoro. Eles fazem um resgate da música brasileira e são politizados", diz a atriz Rainy Campos, de 25 anos.

Na frente do trio elétrico, que iniciou o desfile às 10h, integrantes seguram cartazes criticando o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Entre as frases, "Ele não me representa" e "Cadê o Queiroz".

Com apenas 8 meses, o pequeno Dayo curte o Carnaval junto dos pais, a professora italiana Daria Porseo e o engenheiro de Minas Eduardo Silva Pereira, que moram em Guiné, na África. 

"Aproveitei a folga e vim curtir o Carnaval com a família. Eu amo o Carnaval e tenho certeza de que meu filho vai adorar também", disse Eduardo, que integra o grupo de dança do Chama o Síndico. 

Para levar o bebê foi necessário um aparato especial. "Água, comida, água, roupinhas, sombrinha, protetor solar. Tudo", resume Daria.
 Tatiana MoraesDayo com os pais, Daria e Eduardo

Política

Primeira candidata trans ao Senado, Duda Salabert também marcou presença no desfile desta tarde. "Querem censurar o Carnaval de BH, mas não vão conseguir", criticaou a professora de cima do trio elétrico.

Na opinião dela, é impossível dissociar Carnaval de política. "Tentaram silenciar Marielle, Chico Mendes, Jean Wyllis. E nós vamos resistir", reforçou. 

A fala de Duda é uma crítica ao que ocorreu com o bloco Tchanzinho Zona Norte, repreendido pela Polícia Militar ao fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), na útlima sexta-feira (1º). Segundo a PM, a restrição tem como objetivo evitar brigas generalizadas.

Trânsito

A multidão tomou conta da avenida Abraão Caram e, claro, o trânsito ficou complicado. O acesso à avenida está difícil com várias ruas fechadas. Nas redondezas, estacionamentos cobram entre R$ 30 e R$ 50. Muitos não são legalizados e podem significar dor de cabeça para os motoristas. Os aplicativos de carona, muito solicitados, estão em tarifa dinâmica. 

"Viemos de carro e estacionamos longe daqui. Sabemos que será difícil voltar pra casa hoje porque o trânsito vai piorar muito", afirma a estudante Laura Rodrigues, que promete aproveitar ao máximo a festa de Momo.

Confira a galeira de fotos:

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