Chanceler renuncia ao cargo após ser indiciado por fraude

Folhapress
14/12/2012 às 13:13.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:34

São Paulo - O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Liebermann, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (14) após ser indiciado por abuso de confiança e fraude em um dos casos de corrupção em que é investigado.

Liebermann era um dos principais integrantes do governo do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e era o principal representante do Beitenu, partido de direita que faz coligação com o governista Likud. A renúncia acontece pouco mais de um mês antes da eleição parlamentar de janeiro.

A principal acusação que pesava sobre Lieberman, de financiamento ilegal das campanhas eleitorais com utilização de empresas de fachada, foi arquivada, segundo um comunicado do procurador-geral Yehuda Weinstein.

"Depois de ter examinado o processo, cheguei à conclusão de que não há provas suficientes para acusá-lo no primeiro caso e decidi encerrá-lo", explicou Weinstein em um comunicado.

No entanto, Weinstein indiciou o ministro por "quebra de confiança e fraude" por ter recebido material oficial da investigação contra ele do ex-embaixador israelense em Belarus, Zeev Ben Arieh.

O enviado teria recebido os documentos do Ministério das Relações Exteriores, que buscava informações adicionais das autoridades de Belarus sobre Lieberman. O embaixador fez um acordo sobre o processo no início deste ano.

Nesse processo, ele corria o risco de ser acusado oficialmente de lavagem de dinheiro, suborno de testemunhas, abuso de confiança e fraudes, acusações pelas quais poderia ser condenado a mais de dez anos de prisão.

Os fatos envolvendo "vários milhões" de dólares remontam ao período 2001-2008 quando Lieberman era deputado e acumulava o cargo com uma série de pastas ministeriais (Infraestrutura Nacional, Transportes, Assuntos Estratégicos).

Cumpre promessa
Liebermann cumpriu a promessa de renunciar ao cargo de chanceler em caso de indiciamento por um dos casos de corrupção. Ele seguiu o mesmo caminho do ex-premiê Ehud Olmert, que saiu do poder em 2008 antes de imputado em casos de corrupção.
 
A saída do líder do Beitenu acontece em meio a um processo eleitoral em que a coalizão liderada por ele e Netanyahu estava à frente nas pesquisas de opinião. Netanyahu expressou seu "desejo" de que Lieberman "prove sua inocência".

"Acredito no Judiciário de Israel e o respeito. O direito de defesa que é dado a todos os cidadãos de Israel também é conferido ao ministro Lieberman", disse o premiê em breve comunicado emitido pouco depois que o procurador-geral anunciasse o indiciamento.

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