Chapa pura vira saída para a carência de vice no mercado

13/08/2016 às 15:33.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:21

A falta de nome favorito nas eleições a prefeito de Belo Horizonte deste ano deixou a impressão de que as chances serão iguais a todos os pretendentes, provocando a pulverização da disputa em 12 candidaturas. Com o excesso de candidatos a prefeito, sumiram do mercado eleitoral os candidatos a vice-prefeito. Sete dos pretendentes deverão recorrer à chamada chapa pura, até então, taticamente, evitada, para concluir o registro de candidaturas que termina às 19 horas da próxima segunda-feira (15).

O candidato do PMDB, Rodrigo Pacheco, por exemplo, desistiu do mercado externo e buscou fortalecer sua chapa internamente, com a indicação do deputado Vanderlei Miranda (líder do partido na Assembleia Legislativa) para ser o vice. A novidade agregará experiência e personalidade ao partido, mas não trará algum do precioso tempo de televisão (horário gratuito) que justifica e garante as alianças. Se o PMDB, que é um dos maiores partidos e que está no comando do país (ainda que substituto), não conseguiu um vice de outro partido, imagine os outros.

Na quinta (11), um dos que era cotado para ser vice, Eros Biondini (Pros) desfez o suspense das especulações de que iria desistir pela 3ª vez, manteve a candidatura a prefeito e anunciou o próprio vice, de seu próprio partido (Wallace Brandão). Até segunda-feira, algum ajuste poderá ocorrer com eventual desistência, sem grande impacto, para superar as dificuldades da nova realidade política e eleitoral.  Do limão, a dificuldade poderá virar limonada e evitar, quem sabe, as amarrações indigestas que deixam os eleitos reféns de alianças de ocasião.

Dupla saia justa

Ao perder o controle da própria sucessão, o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), não poderá cismar de licenciar-se do cargo para participar de maneira mais intensa da campanha. Caso o faça, criaria uma dupla saia justa a seus sucessores diretos: o seu candidato a prefeito, Délio Malheiros (PSD), atual vice-prefeito, e o presidente da Câmara Municipal e candidato à reeleição, Wellington Magalhães (PTC). A possível situação obrigaria os dois a se ausentarem da capital mineira, afetando as próprias campanhas, para não ficarem inelegíveis. 

Saída negociada para novo TCO

Depois que a Assembleia Legislativa aprovou e o governador Fernando Pimentel (PT) vetou a emenda que ampliava a todos os policiais a autorização para lavrar Termo Circunstancial de Ocorrência (boletim de ocorrência), em casos de crimes de menor potencial ofensivo, a saída negociada está sendo a instituição da norma por resolução do Tribunal de Justiça. A medida evitaria derrubada do veto do governador.

Comunicação oficial muda

Na próxima quarta-feira (17), a Assembleia Legislativa vota, em segundo turno, a extinção de autarquias e vários órgãos públicos, entre eles a centenária Imprensa Oficial (125 anos), e a fusão da Rádio Inconfidência com a TV Minas para a formação da Empresa Mineira de Comunicações (EMC), a exemplo do que aconteceu na área federal com a EBC (TV Brasil, Agência Brasil, Rádio Nacional e outros). A nova empresa será vinculada à Secretaria de Cultura, e a herança da Imprensa Oficial ficará com a Prodemge (empresa de tecnologia de informação).

(*) Orion Teixeira escreve de terça a domingo neste espaço

© Copyright 2025Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por