Chefe do Hamas no exílio beija o solo em sua primeira visita a Gaza

AFP
07/12/2012 às 10:31.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:10
 (Marco Longari / AFP)

(Marco Longari / AFP)

RAFAH, Territórios palestinos - O líder do Hamas no exílio, Khaled Meshaal, entrou na Faixa de Gaza nesta sexta-feira (7) em sua primeira visita à região, beijando o solo e desejando, um dia, morrer como um "mártir" no território palestino.

Acompanhado por seu vice, Mussa Abu Marzuk, e por outros funcionários de alto escalão, Meshaal atravessou a fronteira, saiu do veículo no qual se deslocava e beijou o solo, antes de abraçar o primeiro-ministro do Hamas de Gaza, Ismail Haniya.

Sua visita ocorre duas semanas após o fim de um conflito sangrento com Israel, que começou no dia 14 de novembro com um ataque aéreo israelense contra a Cidade de Gaza que matou o líder do Hamas Ahmed Jaabari.

Pouco antes de sua chegada, Meshaal foi levado para ver os destroços do carro de Jaabari, que foram transportados a Rafah especialmente para a visita.

"Espero que Deus me torne um mártir na terra da Palestina em Gaza'", afirmou ao observar os destroços.

Izzat al-Rishq, outro membro de alto escalão do burô político do movimento no exílio, afirmou que era uma experiência emocionante estar finalmente na Faixa de Gaza, governada pelo Hamas.

"Este é o melhor sentimento que já tive. É um momento histórico inesquecível", disse à AFP. "Nosso desejo de beijar o solo da Palestina se tornou realidade".

O membro de alto escalão do Hamas Mahmud al-Zahar elogiou a visita e disse que ela foi repleta de simbolismo.

"Não importa quanto tempo um palestino está longe de sua terra natal, ele sempre irá retornar após uma vitória", disse à AFP.

Ruas por todo o território foram decoradas com as bandeiras verdes do Hamas para marcar a visita, junto com as bandeiras vermelhas da Frente Popular de Libertação da Palestina, que no dia 11 de dezembro comemora seu 45º aniversário.

Militantes mascarados das Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas, estavam mobilizados, utilizando uniformes e carregando rifles de assalto Kalashnikovs, enquanto patrulhavam as vias nas quais o comboio oficial deveria trafegar.

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