Chefe do MP na força-tarefa para apurar atentado contra promotor

Ezequiel Fagundes - Hoje em Dia
22/02/2015 às 12:02.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:06

O Procurador-Geral de Justiça de Minas, Carlos André Mariani Bittencourt, acompanha na manhã deste domingo (22), nas cidades de Uberlândia e Monte Carmelo, no Triângulo Mineiro, os trabalhos da força-tarefa criada para investigar o atentado contra o promotor Marcus Vinícius Ribeiro. O crime no interior traz de volta à memória o caso do promotor de BH, Francisco José Lins do Rêgo Santos, morto a tiros em 2013, durante uma investigação contra uma máfia de combustíveis. Até hoje, esse é considerado o maior atentado contra uma autoridade mineira.   Além do número um do Ministério Público Estadual, o procurador André Ubaldino, chefe da Promotoria de Combate ao Crime Organizado e o delegado Ramon Sandoli, chefe do Departamento de Investigações e Crimes Contra o Patrimônio (DICCP) integram a comitiva que saiu da capital neste domingo. Primeiro, eles foram até o hospital de Uberlândia, onde Ribeiro está internado na CTI. “O estado de saúde dele é crítico, mas estamos bastante otimistas”, relatou o procurador Ubaldino.    Depois, os três partiriam para Monte Carmelo para acompanhar de perto os desdobramentos do inquérito. À frente do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na região, Ribeiro levou tiros quando saía do trabalho para sua casa. Ex-presidente da Câmara de Municipal de Monte Carmelo, Valdelei José de Oliveira, e o filho dele, Juliano Aparecido de Oliveira, foram presos suspeitos de envolvimento com o crime. O ex-parlamentar foi denunciado pelo promotor por desvio de verbas em licitações públicas.   Em 25 de janeiro deste ano, completou 13 anos do assassinato do promotor de Justiça Francisco José Lins do Rêgo Santos, o Chico Lins, morto com sete tiros na zona Sul de Belo Horizonte por volta das 13 horas. Ele desmantelou a chamada máfia dos combustíveis em Minas, que chegava a desviar até 15% da arrecadação do total de ICMS do Estado. O empresário Luciano Farah Nascimento pilotava a moto levando na garupa o soldado da PM Edson Souza Nogueira de Paula, autor dos disparos. O caso gerou repercussão nacional e causou perplexidade no MP de Minas. O Procurador-Geral Adjunto Jurídico do Estado, Waldemar Antônio de Arimatéia ficou aterrorizado com a notícia da tentativa de assassinato contra Ribeiro, de quem é muito próximo. “Passamos o Carnaval em Abaeté com as nossas famílias. Estamos chocados”, declarou.

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