Bastante criticado antes da Copa do Mundo por impor um estilo mais defensivo à Holanda, Louis van Gaal terminou a competição cheio de razão e com a terceira colocação. A seleção laranja só ficou fora da decisão por causa de uma disputa por pênaltis, concluiu sua campanha sem perder e deixou perspectivas animadoras.

"Meu sonho era ser campeão do mundo. Era possível, foi dura a maneira como perdemos. Mas terminamos ganhando e, mais importante, mostramos um tipo de futebol que é novo na Holanda. Um time pode cooperar tão bem a ponto de fazer resultado", afirmou o treinador.

"Estou orgulhoso dos jogadores, porque não é sempre fácil. Eles vão pensar que valeu a pena, é o melhor sentimento que um técnico pode ter", acrescentou o novo técnico do Manchester United, satisfeito com o próprio trabalho. "Talvez isso abra os olhos das pessoas na Holanda de que não há só um sistema que pode levar à felicidade."

Com seu 3-4-1-2, apostando no contra-ataque com o ótimo Robben, Van Gaal deixou o que Guus Hiddink chamou de "presente". Seu sucessor no comando holandês pode ter outras convicções táticas, mas herdará bons jovens, como De Vrij, de 22 anos, Blind, de 24, e Depay, de 20."Os jogadores jovens que temos são excepcionais", disse o promissor Blind, em momento de pouca modéstia. "Se alguém para de jogar, outro aparece. Acho que é assim que sempre vai funcionar. Vamos ver o que nos espera no futuro, mas espero que a gente continue junto", acrescentou.

Daley Blind é filho daquele que deverá ser o técnico holandês na próxima Copa. Auxiliar de Van Gaal neste ano, o ex-jogador Danny Blind manterá o cargo de assistente até a Eurocopa de 2016, a ser disputada na França. Aí, assumirá o comando laranja nas eliminatórias para o Mundial de 2018, na Rússia.