Contra enchentes

Chuvas: maioria das obras de drenagem e de 'piscinões' em BH só deve ser entregue em 2024

Prefeitura destacou investimento de R$ 1 bilhão em ações preventivas, entre elas obras que somam R$ 582,7 milhões, algumas já em andamento

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
03/10/2023 às 08:36.
Atualizado em 03/10/2023 às 08:39
Obra do grande reservatório da Vilarinho, em Venda Nova (Defesa Civil)

Obra do grande reservatório da Vilarinho, em Venda Nova (Defesa Civil)

Previsão de chuvas intensas até o fim do ano deixa Belo Horizonte em alerta – e o prefeito Fuad Noman (PSD) com medo. Para evitar maiores danos, como as enchentes registradas em anos anteriores, uma força-tarefa foi criada para monitorar, principalmente, locais com maior risco de inundação e deslizamento de terra. 

Ao anunciar o Grupo de Gestão de Risco e Desastres (GGRD), a PBH destacou investimento de R$ 1 bilhão em ações preventivas, entre elas obras que somam R$ 582,7 milhões, algumas já em andamento. 

Apenas três, porém, têm previsão de entrega até dezembro. A construção de um canal no Ribeirão do Onça, na avenida Cristiano Machado, o novo esgotamento sanitário no córrego Marimbondo, na região da Pampulha, e as intervenções nos córregos Olaria e Jatobá (região do Barreiro) somam R$ 132 milhões. As demais obras de drenagem e construção de “piscinões” só devem ser entregues em 2024.

As ações de prevenção incluem 28 obras estruturantes, de micro e macrodrenagem, além da eliminação de risco geológico. Segundo o prefeito, o trabalho preventivo está sendo feito com base no histórico de chuvas da capital, que tem sido acima da média desde 2019.

“A chuva é um tormento na história de Belo Horizonte. As ocorrências em outros estados e países nos deixam em uma situação em alerta. Estamos assistindo situações muito graves e nós não podemos desconhecer essas situações. (...) Então temos que estar preparados para eventualidades e uma emergência. Estamos muito confiante no trabalho que está sendo feito. Mas não podemos descuidar, temos que estar um passo à frente”. 

Fuad reconheceu que regiões como Vilarinho e ao longo da avenida Cristiano Machado são “mais críticas”. “Embora muitas obras tenham sido feitas, ainda tenho um pouco de receio nas regiões da Vilarinho e Cristiano Machado porque as obras ainda não estão prontas”.

Ainda assim, o prefeito afirma que as PBH está mobilizada, com equipes preparadas para responder ocorrências mais graves.

Além das obras contra enchentes, outras intervenções visam a evitar deslizamentos de terra em áreas de risco. Existem cerca de mil imóveis localizados nessas regiões.

Desde o último ano, o Programa de Gestão de Risco da Geológico-geotécnico contabiliza 208 obras finalizadas e 54 em andamento. São feitos trabalhos de contenções de encosta, muros de arrimo, drenagem e construção de acesso seguro aos moradores. 

* Com informações de Raquel Gontijo

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