Cientistas americanos questionam eficácia de vacina contra coqueluche

AFP
12/09/2012 às 18:37.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:13

  WASHINGTON - Cientistas americanos questionam a imunização, nos Estados Unidos, contra coqueluche, doença que matou 11 bebês e deixou milhares de pessoas doentes em um grande surto registrado em 2010.   Segundo o estudo, a vacina atual, conhecida como DTaP, desenvolvida para proteger contra coqueluche, tétano e difteria, perde muita eficácia nos cinco anos que se seguem à quinta dose dada à criança, como é recomendado pelos Centros de Controle de Doenças (CDCs) do país.   A pesquisa foi realizada na Califórnia pelo Centro de Estudos de Vacinas Kaiser Permanente e publicada na versão online do "New England Journal of Medicine".   O período coberto no estudo incluiu um grande surto de coqueluche, registrado na Califórnia em 2010, que matou 11 recém-nascidos e deixou doentes mais de 8.000 pessoas.    Nos Estados Unidos, os CDCs recomendam que as crianças tomem cinco doses da vacina, a primeira aos dois meses de vida e a última entre os quatro e os seis anos, um pouco antes do início da vida escolar.   O estudo foi o primeiro a se concentrar especificamente em uma grande população de crianças altamente imunizadas, que tinham tomado exclusivamente vacinas DTaP desde o nascimento e para as quais se passou tempo suficiente após a quinta dose para que o enfraquecimento da vacina pudesse ser analisado.   "Nossas descobertas sugerem que as medidas de controle da tosse coqueluche precisam ser reconsideradas. A prevenção de surtos futuros pode ser melhor alcançada com o desenvolvimento de novas vacinas para a doença ou a reformulação de vacinas existentes de forma a fornecer uma imunidade duradoura", explicou Nicola Klein, principal autora do estudo.   Para realizar a pesquisa, os cientistas compararam 277 crianças com idades entre os 4 e os 12 anos com exames positivos para tosse coqueluche, 3.318 crianças com exames negativos e 6.086 indivíduos de controle, acompanhados separadamente.  

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