(Reprodução/Twitter)
Milhares de civis tentam fugir do Afeganistão após o grupo Talibã ocupar Cabul, capital do país e última grande cidade que ainda estava sob controle do governo do presidente Ashraf Ghani. Nesta segunda-feira (16), multidões lotaram o aeroporto local. Algumas pessoas, inclusive, se agarraram a um avião de transporte militar dos EUA que taxiava na pista.
O medo da população é sofrer retaliações, pois muitos civis trabalhavam ao lado de tropas americanas no país, como motoristas e intérpretes, por exemplo.
Os combatentes talibãs haviam chegado no domingo (15). O presidente Ghani, que deixou o país, afirmou no Facebook que pensou que seria melhor partir para evitar derramamento de sangue. Ele também disse que o Talibã havia conquistado a vitória.
A mídia local afirma que o o grupo extremista tomou o palácio presidencial e os escritórios governamentais no Centro de Cabul. O líder número dois, Mullah Abdul Ghani Baradar, divulgou um vídeo no qual declara vitória sobre o governo.
Entenda o conflito
O Talibã - surgido há quase 30 anos - governou o Afeganistão de 1996 até a invasão norte-americana, em 2001. Os militares do ocidente ficaram mais de 20 anos no país para impedir ações extremas do Talibã e ajudar no fortalecimento das instituições políticas locais, além de preparar as forças armadas.
Porém, em maio deste ano, Joe Biden, presidente dos EUA, decidiu pela evacuação das tropas do país após 20 anos de guerra. Segundo ele, “é hora dos afegãos lutarem sozinhos”.
Assim, os rebeldes do grupo Talibã ganharam mais poder e iniciaram uma série de ataques a diversas províncias da nação afegã, capturando todo o território. Nesse domingo, tomaram as ruas de Cabul e o Palácio Presidencial. Com isso e a fuga do presidente, o Talibã assumiu o controle do país, o que causou medo na população, já que o regime do grupo vai contra os direitos humanos.
As mulheres são a principal preocupação, já que o grupo dita que elas não devem estudar e trabalhar. Elas também são proibidas de saírem desacompanhadas ou “descobertas”.
*Com Agências Internacionais