Por Newton Luiz de Miranda
Adolfo Caminha (1867/1897) foi um escritor do Naturalismo e escandalizou a Primeira República ao publicar “Bom Criollo”. O romance é apresentado de modo direto, objetivo e realista. Amaro, negro forte e robusto, é um escravo fugitivo da lavoura que arruma emprego como marinheiro e, no navio, conhece Aleixo, jovem de pele clara e boca rosada. Amaro se apaixona perdidamente por Aleixo. Numa das folgas, ambos vão morar em um Cortiço alugado de uma ex-prostituta, Carolina. Os ingredientes do Naturalismo estão todos explicitados na obra de Adolfo Caminha. Setores marginais da sociedade, ambientes pobres, relações de exploração, escravidão, castigos físicos praticados na Marinha, infidelidade, alcoolismo etc. O submundo da sociedade que escandalizava a ordem conservadora e patriarcal daqueles tempos finais do século XIX. Ao saber que havia sido traído pelo seu amante, o jovem Aleixo, “Bom Criollo o matou a navalhadas em meio a uma multidão indiferente nas ruas do Rio de Janeiro.
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