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Terça-Feira,19 de Novembro

Eleição no Tribunal de Justiça de MG

04/05/2016 às 21:37.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:16

(*) Valter Amaral

Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) reuniram-se na tarde da última segunda-feira, 25, para eleger a nova diretoria da Casa, que a comandará no biênio 2016-2018. 

O desembargador Herbert Carneiro será o novo presidente daquela Corte. Na mesma data, foram eleitos os desembargadores Geraldo Augusto, Wagner Wilson e Versiani Penna, para os cargos de 1º, 2º e 3º vice-presidentes, respectivamente; bem assim André Leite Praça e Mariangela Meyer, para as funções de corregedor e vice-corregedor-geral de Justiça, nesta ordem. 

Todos os magistrados foram escolhidos pelos seus pares e, pela primeira vez, a votação foi feita por meio de urnas eletrônicas, as quais foram cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/MG). 

O sentimento de mudanças permeou a escolha dos eleitos, em um processo de decisão marcada por disputas acirradas, merecendo destaque a eleição da desembargadora Mariangela Meyer, que obteve 58 votos contra 57 do segundo colocado.

O Judiciário mineiro mostrou que está, a cada dia, mais próximo da plena democratização. O resultado das eleições confirma a busca incessante por uma gestão renovada e mais democrática, que visa a valorização dos juízes e servidores em favor do aperfeiçoamento da instituição, para que a sociedade e o cidadão sejam, ao final, os maiores beneficiários.

Em tempo marcado por contrastes, onde a exceção se transformou em regra, certamente será exigido dos desembargadores eleitos a procura por alternativas consistentes para disseminar novas ideias e técnicas de gestão em prol da eficiência, tanto na administração do tempo (a morosidade), quanto na qualidade das decisões e na racionalidade do tratamento dos conflitos. 

Não será fácil. 

O Judiciário mineiro enfrenta desafios enormes. Há uma grande quantidade de processos em andamento. Os recursos são limitados, a necessidade de pessoal e de investimentos é cada vez maior. Fazer frente à demanda, possibilitando aos mineiros um serviço à sua altura, é tarefa árdua. Há um caminho longo a ser percorrido para se chegar à excelência que desejamos.

Mas como advertia o escritor argentino Ernesto Sabato: “Os homens encontram nas próprias crises a força para a sua superação. O ser humano sabe fazer dos obstáculos novos caminhos, porque à vida basta o espaço de uma fresta para renascer”.

Nosso anseio é que os magistrados eleitos sejam, como certamente o serão, ainda mais empenhados e comprometidos eticamente com a missão a eles outorgadas, nunca se esquecendo da máxima de que o melhor corregedor para o juiz é uma consciência ética. Que saibam, à frente do Poder Judiciário mineiro, incrementar a velocidade, romper barreiras, aperfeiçoar a justiça, repensar rotinas irracionais, aprofundar ainda mais a democratização interna, defender a autonomia daquela Casa de Justiça, como de costume. 

Àqueles que compareceram à sessão do Tribunal Pleno e expressaram sua decisão nas urnas, o sincero e indistinto cumprimento de um jurisdicionado.

Viva a democracia!

(*) Bacharel em Direito e Pós-Graduado em Direito Penal e Processual Penal

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