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Sexta-Feira,25 de Outubro

Mulheres na área do direito

28/05/2018 às 22:03.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:19

Dennis Del Cioppo de Mello* A diferença salarial entre homens e mulheres no mercado corporativo (in-house) brasileiro ainda é uma realidade, mas há setores em que há uma maior paridade nos ganhos e nas responsabilidades: os departamentos jurídicos das empresas. Nesses setores percebemos um número muito maior de mulheres do que homens. Arrisco-me a dizer que quase 70% dos departamentos jurídicos são compostos por mulheres. Não temos uma razão muito clara para isso, porém, pela nossa experiência, os principais pontos são uma carreira mais estável, plano de carreira mais bem definido e melhores benefícios. Essa tendência se estende também para os cargos diretivos. Hoje, vejo cada vez mais mulheres em cargos de diretoria, inclusive com salários semelhantes aos dos homens. Esse foi um dos temas debatidos no último Encontro Regional das Américas da Interlaw, realizado na última semana de abril, em Belo Horizonte. Um dos exemplos que podemos citar é a diretora jurídica e conselheira geral da CTG Brasil, Fernanda Meira, que participou como palestrante do último Interlaw. Egressa de escritórios de advocacia, Fernanda fez carreira na Duke Energy, uma empresa norte-americana que foi adquirida pelos chineses da CTG Brasil em 2016. Hoje, ela é o principal quadro do setor jurídico da empresa no país e negocia diretamente com os representantes da China. Em paralelo a atual posição feminina nos departamentos jurídicos das empresas, durante o encontro discutiu-se também o alto grau de exigência dos escritórios em suas contratações. Além de uma sólida formação acadêmica, é sempre mandatório anos de experiência em determinadas áreas, fluência em inglês e até em uma terceira língua, além de LLM, MBA ou outros cursos de especialização. Isso se tornou o básico para um profissional ter destaque em sua carreira. Para alcançar o sucesso e atingir o perfil mais desejado pelos grandes contratantes, o advogado precisa ir além, principalmente no que tange ao perfil comercial, e isso serve tanto para escritórios como também para empresas. É extremamente importante um perfil comercial com forte visão de negócios. Em conversa com grandes líderes de mercado que participaram do Interlaw, ficou claro que um advogado puramente técnico não é mais suficiente. Nesse sentido é também de extrema importância a troca de melhores práticas entre os líderes de negócio, seja em escritórios ou entre profissionais de departamento jurídico de empresas. Eventos de networking de alto nível como o Interlaw são indispensáveis para o compartilhamento de informações entre pares e para agregar conhecimento.  Sócio Laurence Simons Latam

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