Por Newton Luiz de Miranda
A exploração do trabalho de seus semelhantes é uma das características marcantes dos seres humanos. Além de explorar o trabalho do semelhante, explora também o trabalho de muitos animais.
O trabalho compulsório (obrigatório ou forçado) foi institucionalizado durante a História dos povos desde o aparecimento das civilizações. A escravidão foi a forma mais comum e praticada. Nela, o indivíduo escravizado era transformado em coisa, coisificado, e, portanto, propriedade de outro que poderia explorar o seu trabalho. Durante séculos milhões de pessoas foram escravizadas no mundo inteiro. A Mita e a encomenda, praticadas na América espanhola durante a colonização, foram formas de exploração dos índios, similares à escravidão. Na época medieval, os europeus praticaram a exploração da servidão. Os servos não eram livres e nem escravos, transitavam numa situação intermediária. Não eram propriedade de ninguém, mas estavam presos aos feudos e à nobreza para quem trabalhavam. Aproveitando o cenário medieval, vale deixar registrada a fala de um membro da Igreja Romana:
“Tripla é, pois, a casa de Deus que se crê uma: embaixo (quer dizer, na terra), uns rezam, outros combatem, outros ainda trabalham; os três grupos estão juntos e não suportam ser separados, de forma que sobre a função de um repousam os trabalhos dos outros dois, todos por sua vez entreajudando-se.“
A Igreja prestava um serviço à nobreza ao considerar que na “casa de Deus” cabia aos servos trabalhar. Esta História fica para a próxima.
#EnemNaSalinha
O blog será um espaço para atualização de tópicos fundamentais para o Enem nas áreas de Linguagens, Redação e Humanidades.