Com apoio do PP e do DEM, PSDB chama PPS para vice

12/07/2016 às 20:16.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:16

Por sua organização interna e penetração na capital mineira, mais o fato de não disputar a Prefeitura de BH, o PPS virou uma espécie de noiva da sucessão municipal, cortejada por boa parte dos pretendentes. Na noite dessa segunda-feira, o partido recebeu a visita e o convite oficial do candidato do PSDB, João Leite, com o aval dos aliados PP e DEM, para indicar o vice na chapa. Hoje, o PPS é aliado dos tucanos e do prefeito Marcio Lacerda (PSB), com ocupação de cargos expressivos na PBH, mas o tucano saiu na frente e leva vantagem. Dentro do partido, a presidente estadual, Luzia Ferreira, estaria mais próxima de Lacerda, mas outras lideranças, não, além do que ficaram seduzidas pela proposta do PSDB.

João Leite também convidou o partido para integrar a coordenação geral da campanha e expôs suas propostas para a cidade numa longa e intensa sabatina preparada pelos anfitriões. Após três horas de conversa, da qual saiu “treinado” para os futuros debates, o tucano deixou a proposta, que, hoje, será examinada pela executiva.

Além de Luzia, o nome mais cotado é o do vereador Ronaldo Gontijo, que, além de ser presidente municipal, anunciou que não disputará a reeleição à Câmara. “Participarei da vida pública como cidadão comum e, se for preciso, atenderei ao chamado coletivo para novas lutas em outras instâncias”, escreveu Gontijo em carta dirigida a seus eleitores, comunicando, a partir do atual mandato, o encerramento da trajetória de vereador de seis mandatos (24 anos).

O apoio do PPS soma pouco em tempo de televisão, razão pela qual não foi assediado por Lacerda, mas é um partido de muita presença na cidade e não tem a reputação manchada nem envolvimento com casos de corrupção.

Prato feito para futuro prefeito
Longe do eleitor e do dia a dia da cidade, as eleições municipais já começaram na Câmara Municipal, e com placar desfavorável ao prefeito Marcio Lacerda, que pretende ser protagonista na sucessão e no final do segundo mandato. Ele tem tido algumas derrotas importantes, como, por exemplo, a tentativa de aprovar um dos projetos mais expressivos para a capital mineira, o Plano Diretor, aquele que estabelece as diretrizes de ocupação da cidade.

Sua tramitação não anda na casa; o presidente da Câmara, Wellington Magalhães (PTN), o considera “intempestivo” e até o líder do prefeito, Wagner Preto (DEM), propõe audiência pública para lhe dar a legitimidade perdida. O projeto foi inicialmente elaborado com base nos resultados da Conferência Municipal de Política Urbana, mas, sem maiores justificativas, Lacerda enviou substitutivo à proposta original. Se o assunto mexe tanto com a cidade, o sensato seria envolver o futuro prefeito (a ser eleito em outubro) em sua apreciação e aprovação.

LDO não representa folga mais
A Câmara de BH aprovou, na tarde de ontem, o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), em votação simbólica. A LDO traz as metas e prioridades da administração pública para 2017, como a previsão de crescimento do PIB em 1%. Em outros tempos e em outros parlamentos, como na Assembleia Legislativa e Congresso Nacional, aprovação da LDO significa férias (recesso parlamentar). Em BH, esse privilégio acabou e haverá plenárias até quinta-feira, depois somente audiências.
 

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