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O calendário do futebol brasileiro divulgado pela CBF para 2018 deixou em aberto as datas para as competições interestaduais. Assim sendo, os integrantes da Primeira Liga ainda não sabem quando irão disputar a terceira edição do torneio. Tal indefinição é um dos sinais de enfraquecimento da Liga. Algo que será posto em análise em nova reunião de janeiro.
Neste novo encontro, liderado pelo presidente da Primeira Liga - Marcus Salum, também mandatário do América, os presidentes dos 18 clubes filiados poderão ser ouvidos e explanarem o pensamento a cerca do movimento e da Copa da Primeira Liga.
"Nós estamos trabalhando pra, em primeira mão, ouvir os presidentes que participam da Primeira Liga, para fazer uma reavaliação desse processo, de todas essas equipes, para ver o pensamento das diretorias, o que eles enxergam a Primeira Liga, qual a ideia deles em relação à Primeira Liga. Para, aí sim, propormos situações sobre a continuidade, queremos retomar esse movimento, buscar o consenso do grupo", disse Leonardo Oliveira, presidente do Paraná Clube, e vice da Primeira Liga, ao Hoje em Dia.
A reunião segue sem local definido. Belo Horizonte é o mais cotado, por ser a cidade do presidente da instituição. Porém, já há divergências internas sobre BH ser o local mais fácil para o acesso de outros filiados fora de Minas Gerais. Entre os assuntos a serem debatidos, o mais inevitável é sobre a disputa da Copa da Primeira Liga para 2018.
O calendário da CBF deste ano vem com um buraco destinado aos torneios regionais. Em 2017, a Primeira Liga usou 14 datas, sendo a primeira em 24, 25 e 26 de janeiro, e a última no começo de outubro. Entretanto, 2018 é ano de Copa do Mundo, o que espreme as competições. Por outro lado, o mais provável é que o torneio seja marcado durante a Copa do Mundo 2018, e que os clubes possam entrar com times sub-23, como uma espécie de "Brasileirão de Aspirantes".
"Ainda é uma possibilidade (realizar a Copa da Primeira Liga em 2018), precisamos fazer um planejamento não só de um ano, ou de uma edição próxima, precisamos trazer solidificação, seriedade para este torneio, para que ele tenha vida longa no calendário nacional. Precisamos que isso seja planejado a médio, longo prazo. Tem que ser feito tudo com calma. É hora de botar o pé no chão e planejar para dois, três anos no mínimo", completou o vice da Primeira Liga.