Com 'mística' do Horto em xeque, Marcelo Oliveira busca primeira vitória no Independência

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
24/05/2016 às 21:02.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:35

Bruno Cantini/Divulgação


“Um ótimo resultado, o melhor jogo que fizemos aqui no Independência”. Foi assim que o então técnico do Cruzeiro, Marcelo Oliveira, comemorou não uma vitória, mas um suado empate por 0 a 0 com o Atlético, em abril de 2014, no quarto clássico consecutivo sem vitórias sobre o Galo no local.

O “Fantasma do Horto” perseguia o treinador, e assim permaneceu até a última visita, já no comando do Palmeiras. Desde a reabertura, em 2012, Oliveira disputou nove jogos no estádio e jamais saiu vitorioso, com ao todo seis derrotas e três empates (veja a lista abaixo). De volta ao clube depois de oito anos, ele finalmente poderá experimentar a sensação de estar do mesmo lado da torcida no "caldeirão" amanhã, contra o Grêmio, às 21h, pela terceira rodada do Brasileirão.

A gente espera que o Horto seja um grande aliado, embora a essência do trabalho sejam os treinamentos no dia-a-dia. Foi sempre muito difícil jogar no Independência, pois o clima é muito favorável ao Atlético"

A mística do Independência, porém, parece estar enfraquecida. Apesar do alto aproveitamento de 74%, a temporada tem até aqui um gosto amargo para a Massa. Em 2016, o Horto foi palco da eliminação para o São Paulo nas quartas de final da Copa Libertadores e da derrota por 1 a 0 para a Raposa no clássico pela primeira fase do Campeonato Mineiro.

Além disso, o alvinegro não venceu nenhum dos três clássicos contra o América: empatou duas vezes e, na condição de visitante, ainda amargou a derrota por 2 a 1 que valeria o título estadual para o Coelho. Sem falar no revés por 4 a 2 sofrido para o Tricordiano.


Primeiro desafio

Apesar da confiança no elenco demonstrada durante a apresentação oficial na Cidade do Galo, Marcelo Oliveira terá dificuldades para definir a escalação contra o Tricolor gaúcho.

Além de Douglas Santos, Erazo e Cazares, convocados para a Copa América Centenário, o treinador já não poderia contar com o suspenso Leandro Donizete e os lesionados Leonardo Silva, Mansur, Robinho e Pratto. Para piorar a situação, Dátolo e Carlos Eduardo aumentaram a lista de jogadores entregues ao Departamento Médico.

Assim, aumenta a ansiedade do novo comandante pela pressão vinda das arquibancadas. "Estou bastante satisfeito por retornar e poder ter esse reencontro com o torcedor. Vejo no Atlético um potencial grande, e existe muita empatia entre o clube e a torcida. Espero que essa parceria possa ser constante", afirmou o treinador.

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