Caso 'novo cangaço'

Comando da PM não libera para deporem na PF os 22 policiais que mataram 26 suspeitos em 2021

Clara Mariz
@clara_mariz
21/06/2022 às 18:58.
Atualizado em 21/06/2022 às 19:12
 (PMMG/ Divulgação)

(PMMG/ Divulgação)

Os 22 policiais que participaram da operação que desarticulou uma quadrilha especializada em roubo de bancos em Varginha, no Sul de Minas, em outubro do ano passado, não foram liberados pelo comando-geral da Polícia Militar (PM) para prestarem depoimento durante as oitivas da investigação, nessa segunda-feira (20), em Belo Horizonte.

Os militares seriam ouvidos na Superintendência da Polícia Federal no inquérito que tramita na Justiça Federal de Varginha, e apura se houve excesso na atuação dos envolvidos. A operação foi uma força-tarefa integrada da PM com a Polícia Rodoviária Federal. 

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Polícia informou que "conforme previsto no Artigo 144, Parágrafo 4º da Constituição Federal de 1.988, combinado com os Artigos 7º, alínea "h", e 9º do Decreto Lei 1.002, de 1969, (Código de Processo Penal Militar)", a apuração da conduta dos militares é de competência da Polícia Judiciária Militar e não da Polícia Federal.

A operação em Varginha resultou na morte de 26 pessoas suspeitas de integrar o grupo de roubo a bancos. Na época, as autoridades afirmaram que não tinham dúvidas de que o bando preparava um ataque nos moldes do que vem sendo chamado de “novo cangaço”: assalto a agências bancárias de cidades do interior, que possuem menos segurança, por grupos fortemente armados que espalham o terror junto à população.

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Operação 
Na madrugada do domingo, 31 de outubro, os 26 integrantes da quadrilha especializada em roubo a bancos foram mortos durante ação integrada da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, em Varginha, no Sul de Minas.

Na época, o serviço de inteligência da PM identificou sítios que teriam sido alugados e onde havia intensa movimentação de veículos, mas sem festas e confraternizações. A discrição chamou a atenção dos policiais. Participaram do cerco 22 militares do Bope e do Grupo de Resposta Rápida (da PRF. Nenhum deles ficou ferido. 

Durante a ação, foi apreendido um grande arsenal de armas de fogo, fuzis, munições, explosivos e coletes à prova de bala. As polícias apreenderam também uma metralhadora utilizada pelas forças armadas, calibre 50, capaz de perfurar tanques de guerra.

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A capitã Layla Brunnela, porta-voz da PM, chegou a classificar a operação como a maior contra o "novo cangaço" já realizada no país. A corporação acredita que a quadrilha planejava um assalto para o dia seguinte da ação.

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