Fecomércio MG analisou os dados do IBGE sobre o desempenho do setor de serviços, compondo a Pesquisa Mensal de Serviços de maio (Eugênio Moraes/Arquivo Hoje em Dia)
Os donos de comércio da capital estão otimistas. É que o ano começou com aumento nas vendas de janeiro de 1,64% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte, divulgado nesta terça-feira (13).
Entre os motivos da alta, está a desaceleração de alguns indicadores macroeconômicos como inflação, taxa de juros, taxa de desemprego, além da queda da inadimplência. “Com mais renda disponível, as pessoas consomem mais e, consequentemente, as vendas crescem. A taxa básica de juros em níveis mais baixos também constitui um fator favorável ao consumo, pois o custo para se obter crédito torna-se menor”, afirmou o presidente da CDL/BH.
Ainda de acordo com levantamento, todos os setores apresentaram crescimento nas vendas na comparação anual. São eles: veículos e peças (3,7%); material elétrico e construção (2,68%); artigos diversos que incluem acessórios em couro; brinquedos; óticas; caça; pesca; material esportivo; material fotográfico; computadores e periféricos e artefatos de borracha (2,48%); papelarias e livrarias (1,33%); móveis e eletrodomésticos (1,18%); drogarias e cosméticos (1,15%); vestuário e calçados (0,9%) e supermercados (0,87%).
Já nos últimos doze meses (Dez/17 - Jan/18), o varejo apresentou crescimento de 0,84% em relação ao período anterior (Dez/16 - Jan/17). Este é o primeiro resultado positivo nesta base de comparação desde 2015. “Esse aumento das vendas demonstra o efeito positivo da melhora do ambiente macroeconômico e indica que, após dois anos de recessão, o setor está conseguindo se recuperar”, esclarece o presidente da CDL/BH.
Ponto negativo
O índice real de vendas registrou queda de 0,45% na comparação de janeiro de 2018 com dezembro de 2017. Mas conforme a CDL/BH, a redução se explica porque dezembro tem as vendas aquecidas por causa do Natal. “Além disso, a chegada das contas de início de ano, como IPVA, DPVAT, IPTU e matrículas escolares, levam os consumidores a darem preferência à quitação dos débitos, em detrimento do consumo”, comenta Falci.
Na comparação mensal (Jan.18/Dez.17), o segmento de papelaria e livraria foi o que apresentou o maior crescimento, 4,89%. Os demais setores que também tiveram resultado positivo nas vendas foram: drogarias e cosméticos (4,3%); supermercados (4,27%); artigos diversos (1,51%) e vestuário e calçados (1,24%). Os que registraram queda foram: material elétrico e construção (2,8%); veículos e peças (2,38%) e móveis e eletrodomésticos (1,53%).
* Fonte: CDL/BH
Leia mais:
Comércio de BH teme migração de bandidos após intervenção no Rio
Belo-horizontinos começam o ano menos endividados