Comércio de BH crê no aumento das vendas, mas com redução do valor do presente

Heraldo Leite
hleite@hojeemdia.com.br
05/12/2017 às 21:01.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:04
 (MAURICIO VIEIRA 16/11/2017)

(MAURICIO VIEIRA 16/11/2017)

Depois de dois anos de um Natal pouco animador, com vendas no vermelho, o comércio varejista de Belo Horizonte projeta um crescimento de 1,42%, quando comparado com o mesmo período do ano passado. No mês de dezembro, pelo menos R$ 3 bilhões deverão circular na economia da capital, muito em função do pagamento do 13º salário.

Os números foram divulgados ontem pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e, apesar de reconhecer que a comparação foi feita com uma base “mais fraca”, o presidente da CDL, Bruno Falci argumenta que os índices são um alento. “Não são números de que o Brasil precisa, mas o importante é que reflita um crescimento constante, mesmo que com taxas pequenas”, afirmou.

Neste Natal, o comércio aposta no aumento de produtos vendidos, mas na redução do valor dos presentes. Segundo a CDL, o tíquete médio (valor médio de compra por cliente) deverá ser de R$ 107,82 contra R$ 120,84 no ano passado. Mas o consumidor sinalizou que vai presentear pelo menos três pessoas, o que deverá se refletir no total de vendas. No ano passado, esta média era de 1,2.

De acordo com a pesquisa, 36,2% dos consumidores pretendem pagar em dinheiro, dado que o presidente Bruno Falci interpreta como sinal de que as pessoas estão mais conscientes e não querem se comprometer. “Com certeza o consumidor aprendeu com a crise: gastar com o que precisa e dentro do que pode”.

Também na esteira da crise econômica, o consumidor passou, segundo a pesquisa, a valorizar mais o preço do que a qualidade e conforto na hora da compra.

Perspectivas

O presidente Bruno Falci espera que o ano de 2018 mantenha os índices positivos e acredita que as vendas deste ano já refletem o momento econômico. “Estamos com inflação e juros em queda, além de um saldo positivo entre a contratação e a demissão de trabalhadores”, avalia.

Neste sentido, o presidente da CDL espera que o final do ano de 2017 exiba um crescimento total de 1,7% em vendas em relação ao ano anterior. Em 2016, o comércio varejista registrou queda de 2,5% quando comparado com 2015.

Na pesquisa, a CDL ouviu 200 empresários do comércio varejista e 350 consumidores, aleatoriamente, entre os dias 23 de outubro e 24 de novembro. A margem de confiança é de 95%.

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