Comércio de BH espera reabertura antes do Dia dos Pais; flexibilização pode ser anunciada hoje

Renata Galdino
rgaldino@hojeemdia.com.br
31/07/2020 às 07:52.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:10
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

As atenções dos empresários de Belo Horizonte se voltam para uma possível retomada do comércio semana que vem. Depois de uma reunião ontem, com o prefeito Alexandre Kalil, a expectativa é que estabelecimentos de todos os setores sejam autorizados a reabrir as portas a partir de terça-feira. A mudança nos rumos da flexibilização pode ser anunciada hoje durante coletiva convocada pela prefeitura. 

Nesta sexta-feira deverá ser anunciado o mapeamento de pelo menos 70 quarteirões da capital onde bares, restaurantes e lanchonetes poderão atender ao público. Os comerciantes esperam aproveitar a proximidade do Dia dos Pais para melhorar as vendas. 

“Queria pedir ao povo que fique em casa, porque estamos começando a ver uma luz no fim do túnel. Ando um pouco animado com os números”, disse o chefe do Executivo que, ontem descartou qualquer acordo de reabertura com os empresários.

Desafio

Dos balizadores para a reabertura ou não do comércio na metrópole, o número de leitos destinados a pacientes com Covid-19, principalmente da terapia intensiva, é o que mais preocupa. Boletim epidemioló-gico da prefeitura apontava 90,7% das UTIs ocupadas. A taxa da enfermaria chega a 67,9%.

Presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Estevão Urbano observa que, apesar de as hospitalizações estarem em um patamar alto, estão estabilizadas. O receio era de um colapso no sistema público de saúde.

“A curva de internações se tornou muito ascendente. Então, havia o medo de ultrapassar 100% e as pessoas ficarem sem atendimento. Teve uma estabilização. Agora é torcer para a curva cair nos próximos dias”, explicou.

Ainda assim, o especialista reforça que esse não é o momento para flexibilizar o comércio. “Estamos com saturação muito alta dos leitos. O sistema continua muito comprometido. Como médico, avalio que os números falam contra. Seria incoerente promover uma mudança”.

(*) Com Renata Evangelista

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