A comissária de voo Ximena Suárez, única mulher que sobreviveu à queda do avião que levava o elenco da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, no dia 29 de novembro do ano passado, na Colômbia, revelou estar em situação difícil pouco mais de um mês após a tragédia. Ela afirmou que está sendo cobrada pelo hospital onde foi socorrida, e que não tem condições de arcar com a conta.
Apenas Ximena e um outro tripulante da companhia aérea LaMia, o mecânico Erwim Tumiri, resistiram ao acidente, além dos três jogadores brasileiros - o lateral Alan Ruschel, o zagueiro Neto e o goleiro Jackson Follmann - e um jornalista, Rafael Henzel. A aeromoça afirmou que inesperadamente está sendo cobrada pela clínica Somer, em Medellín, por conta da agência seguradora do voo, que não pagou o que deveria.
"Fico triste em saber que o pessoal do meu país não me ajuda. Sugeriram que eu pressionasse para ver quais são as novidades, porque até agora não há resposta", explicou Ximena, em entrevista à TV boliviana Unitel. "Em nenhum momento ninguém da empresa se aproximou para oferecer ajuda. Estou em contato direto com a clínica, que sempre me questiona sobre o pagamento".
Por meio do seu advogado, a aeromoça deverá acionar a companhia seguradora pela omissão no caso. "O voo tinha um seguro da agência Bisa no valor de US$ 25 milhões, mas nem sequer pagaram a conta do hospital. Neste momento Ximena está devendo um valor próximo de 13 mil dólares e eles (a seguradora) não querem nem entregar a cópia do seguro, eles se recusam", explicou Carlos Subirana, que representa judicialmente a comissária.
"Estamos apresentando uma denúncia contra os executivos da Bisa para que o Ministério Público exija a sua apreensão. Para que eles cumpram com responsabilidades não só com ela, mas também com as outras vítimas do acidente", afirmou Subirana, lembrando das 71 pessoas que morreram no acidente e dos demais sobreviventes.
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