Dezesseis atletas e dois técnicos recebem o apoio para brigar por medalhas para o Brasil
(Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) / Divulgação)
“Com 17 anos de idade, eu sofri um acidente e perdi a perna direita. Poucos dias depois, ainda no hospital, uma grande amiga minha me visitou. Ela sabia que eu amava esportes, e disse que eu não podia parar”. De fato, Caroline Fernandes não parou.
Portas se abriram e a halterofilista de Montes Claros está a caminho da França, para disputar os Jogos Paralímpicos 2024, de 28/8 a 8/9. O destino recompensa um caminho desafiador, no qual o Bolsa Atleta, incentivo a competidores do estado, foi essencial.
Histórias que inspiram
Além de Caroline, também vão a Paris outros 15 competidores e dois técnicos paralímpicos beneficiados pelo Bolsa Atleta. Uma delas é Lara Lima, colega de Caroline e medalhista da Copa do Mundo de Halterofilismo.
“Minha primeira competição internacional foi na França, com 15 anos de idade, e recebi medalhas. Voltar para este país me deixa feliz e com a expectativa de conseguir mais um prêmio para o Brasil”, conta Lara, que destaca a importância do Bolsa Atleta para conseguir se dedicar exclusivamente ao esporte.
Rodrigo Parreira, atleta paralímpico do salto em distância, concorda. “O competidor paralímpico não tem muito apoio de empresas. Quem se dedica ao alto rendimento não trabalha, vive em função do esporte e respira atletismo. Então o Bolsa Atleta ajuda de várias formas”.
Rodrigo tem paralisia cerebral e compete na categoria T36, voltada para quem possui algum comprometimento nos quatro membros. Sua força e determinação não apenas impulsionam seus saltos, mas inspiram outros atletas. “Para quem continuar batalhando e lutando pelos objetivos, eu garanto: a recompensa é gratificante”, afirma.
Bolsa Atleta e Bolsa Técnico
O programa Bolsa Atleta e Bolsa Técnico apoia financeiramente os praticantes do desporto de rendimento prioritariamente em modalidades olímpicas e paralímpicas por meio de edital. Ele custeia gastos pessoais com inscrições em competições, passagens, hospedagem e alimentação para eventos esportivos, entre outros gastos.
Entre 2019 e 2023, o Governo já investiu R$ 8,1 milhões no programa, beneficiando um total de 731 pessoas de 482 modalidades paralímpicas. Mateus Rodrigues Carvalho, competidor da bocha paralímpica, é um deles.
O atleta vê consistência no paradesporto mineiro e diz que vai para a competição com a missão de ter o melhor desempenho, buscando medalhas. “O esporte transformou minha vida, e é motivo de orgulho representar Uberlândia, Minas Gerais e, acima de tudo, o Brasil", declara Mateus.
Atletas e técnicos paralímpicos beneficiados pelo programa que irá competir nos Jogos de Paris
Atletas
Izabela Silva Campos Coelho (atletismo paralímpico)
Rodrigo Parreira da Silva (atletismo paralímpico)
Mateus Rodrigues Carvalho (bocha)
Jose Carlos Chagas de Oliveira (bocha)
Caroline Fernandes Alves (halterofilismo)
Lara Aparecida Ferreira Sullivan de Lima (halterofilismo)
Tayana de Souza Medeiros (halterofilismo)
Alan Kleber Basilio (natação paralímpica)
Gabriel Geraldo dos Santos Araujo (natação paralímpica)
Gabriel Bandeira (natação paralímpica)
Wendell Belarmino Pereira (natação paralímpica)
João Pedro Brutos de Oliveira (natação paralímpica)
Laila Suzigan Abate (natação paralímpica)
Gabriel Melone de Oliveira (natação paralímpica)
Ruan Felipe Lima de Souza (natação paralímpica)
Daniel Alves Rodrigues (tênis em cadeira de rodas)
Técnicos
Fábio Pereira Antunes (natação paralímpica)
Alexandre Silva Vieira (natação paralímpica)
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