RIO DE JANEIRO – A Marinha e a Secretaria do Ambiente finalizam hoje uma operação destinada a desencalhar o navio Angra Star, parcialmente afundado na Baía de Guanabara. De acordo com a Marinha, não há risco iminente de desastre ambiental, porque foram retirados o óleo combustível, lubrificantes e resíduos oleosos da embarcação. Nesta sexta-feira (27) foi feito um trabalho de reflutuação, que consiste em colocar a embarcação para flutuar novamente. O próximo passo é a retirada do navio do local. A embarcação estava, desde fevereiro, com cerca de um terço do casco submerso, sem tripulação, e teve barris de óleo saqueados e instrumentos de navegação danificados. O furto de peças que mantém a estabilidade da embarcação causaram o afundamento, segundo a secretaria. No dia 9 de setembro, a empresa avisou a Capitania dos Portos que o navio corria risco de naufragar. Foi aberto inquérito para apurar as causas do encalhe. A previsão de conclusão do inquérito é 90 dias. A Marinha informou que a prorietária do Angra Star, Frota Oceânica e Amazônica S/A, tem mais três navios na Baía de Guanabara: Rio, Jari e Recife, todos em situação semelhante de abandono, possivelmente em função de litígio entre o armador e o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Após uma inspeção no navio Rio, que também está encalhado, a Capitania dos Portos constatou que a embarcação não apresenta risco iminente de afundamento. Os navios Jari e Recife estão atracados, sem risco de acidentes. Segundo a Marinha, existem 51 cascos abandonados ao redor da Ilha de Conceição, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, que estão sendo retirados em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente. Do total, 31 foram leiloados e os futuros donos têm a obrigação de removê-los. O restante será leiloado em outubro.