O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse neste sábado (24) não ter mais esperanças de que uma conferência sobre a proibição de armas nucleares no Oriente Médio seja realizada ainda este ano. Ban e o enviado especial Jaakko Laajava, da Finlândia, vêm tentando convencer os países da região a participar da conferência, mas vêm enfrentando resistência de Israel e outras nações.
A conferência, organizada pelos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Rússia, deveria ser realizada este ano, na Finlândia. Mas o secretário-geral da ONU agora espera que ela aconteça "na primeira oportunidade em 2013".
Na sexta-feira, o Departamento de Estado dos EUA disse que a conferência não poderia ser marcada por causa das atuais condições no Oriente Médio e porque os estados da região não chegaram a um acordo sobre as condições aceitáveis para o encontro. A Grã-Bretanha disse que os três coorganizadores também querem que a conferência seja realizada o quanto antes em 2013.
Ban também pediu que os estados da região superem suas diferenças e "aproveitem esta rara oportunidade" que pode levar à eliminação completa de armas de destruição em massa na região.
Israel disse que não participaria da conferência agora por causa das tensões na região e porque seus representantes poderiam ser alvo de ataques. Diplomatas norte-americanos expressaram os mesmos temores.
O Irã e estados árabes criticam Israel por seu suposto arsenal nuclear. Israel se recusa a revelar se possui ou não armas nucleares, embora especialistas em segurança digam que o país tem um número substancial de armamentos. Para os EUA e Israel, a principal ameaça nesse sentido é o Irã, mas o país nega que esteja tentando fabricar armas nucleares. As informações são da Dow Jones.
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