Confusão termina com dois presos feridos por agentes penitenciários na Nelson Hungria

José Vítor Camilo
01/04/2019 às 16:31.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:02
 (Amadeu Barbosa / Arquivo Hoje em Dia)

(Amadeu Barbosa / Arquivo Hoje em Dia)

Uma confusão envolvendo presos e agentes do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, terminou com dois detentos feridos na manhã desta segunda-feira (1º). A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap). 

Conforme a nota divulgada pela pasta, por volta das 11h, durante o banho de sol de presos de um dos pavilhões da unidade prisional, agentes penitenciários precisaram conter um preso que tentava agredí-los. "Na ação, dois presos sofreram ferimentos leves devido a disparos de munição menos letal. Eles foram encaminhados para a enfermaria da unidade, onde foram atendidos. A direção irá instaurar um Procedimento Interno para apurar o fato", completou a secretaria. 

O advogado e ex-presidente da Comissão de Assuntos Carcerário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG), Fábio Piló, afirma que se tratou na verdade de uma mobilização dos presos, que se recusaram a sair para o banho de sol e reivindicaram a presença do diretor, o que teria sido negado.

"Isso aconteceu em razão dos maus-tratos aos visitantes que vem acontecendo nos últimos fins de semana, com a não entrada de muitos destes familiares da visitação social, alguns deles viajam até 400 km para visitar um amigo ou parente. Isso estaria acontecendo, segundo os próprios agentes, por falta de efetivo", denunciou o advogado.

Ônibus queimado

Na noite de domingo (31), um ônibus foi incendiado por criminosos no bairro Vila São Paulo, também em Contagem. Durante a ação, os dois homens encapuzados, que iniciaram as chamas com um galão de gasolina, chegaram a avisar ao motorista que eles seriam da Nelson Hungria, apesar do atentado ter ocorrido a mais de 30 km da unidade prisional. 

As chamas do coletivo acabaram atingindo também um carro de passeio, sendo que ambos os veículos foram completamente consumidos pelas chamas. Questionada se o incêndio criminoso poderia estar ligado à tensão que ocorreu na unidade prisional, a Seap informou apenas que "não há relação entre os fatos". 

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